No Candomblé existe o mito de que é possível a troca de
cabeças pelo pai ou mãe de santo ao pressentir a chegada da morte. A coisa funcionaria
mais ou menos assim: o babalorisha ou a yalosrisha pega o santo de um filho ou
filha e troca pela sua cabeça, morre o filho e fica a mãe. Pode ser feito até três
vezes antes da morte afinal. Ouvi esta lenda quando vivi na Bahia. Lenda apenas.
Mas aqui o que estou falando é que tenho a sensação - lendo a notícia de que um cientista italiano se
prepara pra o primeiro transplante de cabeça da História – é que tenho a
certeza de que isso já vem sendo feito há décadas no Brasil. Senão vejamos:
Alguém duvida que a cabeça de Carlos Lacerda foi
transplantada para o Bob Freire? E a de Castello Branco estaria cabendo direitinho
no pescoço do Aecim? Amaral neto foi
parar no Boris, terror dos garis. O apresentador César de Alencar é hoje a cabeça
do Youssef, ou seria do Roberto Costa? Quem estaria na cabeça do Cucunha, o Coisa Ruim?
Dei a largada, o resto da brincadeira (Brincadeira
de mau gosto) fica por conta de você que me lê: de quem seriam hoje as cabeças
de Lobão; Ronaldo, Hulk, Aloysio – o mau exemplo; Caiado e muitos e muitos
outros?
Aceito comentários, também sobre as cabeças de Lula, Dilma,
Dirceu, Mercadante, Martha, Marina e por aí vamos. É divertido, E faz a gente
pensar que são apenas a continuidade de um jogo de poder que vem desde a Roma
antiga, passa pela Idade Média, Renascença (os Bórgias e os Papas de então) pelos
golpes da Primeira e segunda República no Brasil, até os dias de hoje.
Mula-sem-cabeça não vale, este lugar já é meu. Kiakiakiá
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