29 abril 2014

Yes, Nós Temos Bananas


2014 04 29 01 31 46.340 Yes, Nós Temos Bananas...
...bananas pra dar e vender...banana menina, tem vitamina, banana engorda e faz crescer."

Esta é uma parte da letra que Carmem Miranda cantava.

Mais do que racismo o ato de jogar bananas em campo para os jogadores negros por parte dos europeus é sobretudo a manifestação do mais perverso colonialismo.
Revela a face verdadeira da velha e decrépita Europa, museu vendendo-se a prestações para sustentar sua crise moral e financeira.

Esquece-se a soberba raça europeia que toda a sua riqueza deveu-se à exploração dos que eles chamam de "macacos".
De Portugal à Espanha, da França à Inglaterra, da Alemanha à Holanda... (  todas colonialistas ) em todas elas a riqueza foi construída com a espoliação das nações colonizadas da África e das Américas, sobretudo das Américas "negras", as latinas.

Esta civilizada Europa, palco de duas grandes guerra animalescas que envolveram todo o Mundo; que levou ao genocídio de hebreus em número de milhões... Esta sim, que assemelhou-se em duas guerras a violentos  babuínos em luta por territórios.

Esta "civilizada"  sociedade europeia que dizimou a sociedade maia, a inca e a azteca.
A mesma que queimou milhares de pessoas em fogueiras.
A mesma que desprezou hábitos de higiene como banhos diários e cujos ratos espalharam a peste com seu cortejo de horrores.
A cultura animalesca da destruição. O exemplo de miséria e fome nos pós guerras - antes tivessem ao menos bananas para comer.

Esta mesma que dizima sérvios e croatas, e que agora se bate na Ucrânia...
É esta que se põe a  jogar bananas pra nós? Pra latinos e negros?

Já temos bananas á vontade, aqui é terra tropical, farta, de frutos tropicais saborosissimos, de excelente odor e gosto, que exportamos para o mundo todo.
A pipoca é originária dos países colonizados. Sugiro que , como na letra de Raul Seixas, a gente vá até à Europa pra dar pipoca aos macacos "civilizados" de lá.

Como eu disse no início: é além do racismo. É visão colonialista de supremacia e domínio. De superioridade e soberbia.

Raça de falidos! Pois saibam que são esta América e esta Africa o Novo Mundo.

E mais uma vez este Novo Mundo é  que os salvará da falência total.

26 abril 2014

Portugal: 40 Anos da Revolução dos Cravos

                                                                                                Esta foto tornou-se ícone da revolução dos Cravos

Hoje comemora-se 40 anos do fim da Ditadura em Portugal.
Foi a Revolução dos Cravos. O povo distribuía cravos aos soldados revolucionários.

Foram décadas de Ditadura, que tornaram à época Portugal um dos países mais atrasados e tacanhos da Europa. Parado quase na Idade Média.

Mais uma vez lutou-se pela Democracia. Pela Cidadania.
Oliveira Salazar era celibatário, de hábitos solitários, vivia só com uma empregada, um católico tão conservador que beirava a Inquisição.

Governou Portugal com métodos fascistas, declarou neutralidade durante a II Guerra (forma de apoiar Hitler)  mandou prender e assassinar opositores...enfim , tudo que se espera de um Ditador.

Para derrubar seu regime, que sobreviveu à ele (Já havia morrido quando houve a derrubada da Ditadura) filhos de democratas se alistaram no Exército Português, ocuparam cargos de oficiais, e depois de anos deste trabalho de formiguinha marcharam sobre Lisboa restaurado a democracia.

A senha para o movimento foi a música "Grandola, Vila Morena" proibida pela Ditadura de lá, e que foi tocada de madrugada numa das rádios portuguesas.

Isto ocorreu em 1974. O Brasil àquela época vivia a mais sanguinária das Ditaduras. A Revolução dos Cravos trouxe um alento a todos os democratas brasileiros de que nenhuma Ditadura é eterna, e que por mais erros , corrupções, injustiças que possa haver a Democracia ainda é o melhor sistema de governo.

Quarenta anos depois cantarolo a letra de "Tanto Mar" de Chico Buarque:
" Foi bonita a festa, pá, fiquei contente. Ainda guardo renitente um velho cravo para mim..."