Encontrando a rola aconselho agasalha-la com carinho... kiakiakiá!
O País realmente está virando um circo. Cada dia é um espanto,
um escândalo, uma novidade chocante.
Para os nervosos sempre aconselhei meia hora de rabo.Há pouco o
jornalista Boechat usa a expressão “vai procurar uma rola”.
Fui ao Houaiss, procurar a rola, e achei: “design. comum as aves columbiformes, da fam. dos
columbídeos, dos gêneros Columbina, Claravis e Uropelia,
que ger. possuem pequeno porte; pomba-rola, rola-carijó, rola-pequena, rolinha,
turueí”
Uma bicha amiga minha
disse-me que ultimamente está muito difícil achar rola. Mas falou isso em se tratando
do Sudeste do País. No Nordeste encontra-se muitas rolas. É comum por lá o
vendedor de rolas. Relembro o cordel “OVendedor de Rola assada”, adaptado para teatro por João Augusto Azevedo.
VENDEDOR – (Mercando com seu balaio de rolinhas)
Rola.Rolinha.
Rola.Rolão.
Quem sabe - sabe. E sabe o que é bão.
Olha rola, quem vai querer?
Olha a rola - pague prá ver.
Eu tenho rola pra vender um bocado.
Custa uma - dois reais,
porém num vendo fiado!
VENDEDOR – A sra. num vai querer?
VALDINHA – Oxente !Querer o que?
VENDEDOR - Acaso vendo cebôla ?
Não sabe bem que é rôla?
VALDINHA - É o Que? Eu vou correndo pra ver.
Quanto é êsse rolão ?
VENDEDOR - Pode pegar com a mão.
Querendo podo levar.
Por menos - nem um tostão.
(mostra.. o balaio com os passarinho)
E continua o moleque a mercar as suas rolas pela peça à fora, numa engraçadíssima
comédia popular que os dias de hoje voltam a celebrar. Fica o conselho.
(risos).
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