“ - Entra menino, sai da rua que esse é o vento ruim! ”
Era assim que minha mãe interpretava aquele vento que sopra à tarde, de repente, aquele vento quente, forte que vem trazendo muita poeira, folhas secas, lixo...ela dizia que era malfazejo.
A brisa matinal era o que ela considerava o melhor vento. Ela dizia que os anjos vinham com esse vento trazer boas novas para nós.
Minha mãe, na sua simplicidade, por alguma razão nomeava os ventos à sua maneira e filosofia.
Na minha vida talvez eu não tenha encontrado melhores ventos que a brisa marinha de Salvador ao anoitecer. Era como se os ventos do entardecer viessem limpar as coisas ruins do dia, preparando-nos uma noite tranquila.
Cientificamente os ventos são divididos em vários tipos: Os ventos constantes são divididos em ventos alísios e contra-alísios.
Os ventos periódicos são aqueles que ocorrem de forma repetitiva ou durante uma estação do ano. Existem dois principais tipos: as monções e as brisas.
Ainda temos o Nordeste, o Noroeste, o Norte, O Sudeste...cada um deles dando um rumo à navegação, aos pescadores, à vida. Cada um deles como se nos contassem por onde andaram e o que viram deste mundo.
Por isso, amigos, quando os bons ventos soprarem tentem escutar o que eles lhes dizem. Eles não só contam histórias, também apontam direções e corrigem rumos.
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Belo texto, Bemvindo. Já ouvi dizer isso sobre o vento ruim também...dizem que é o vento que espalha mais "vírus" e coisas deste tipo...mesmo assim eu adoro o vento!
ResponderExcluirGosto muito de ti, me faz rir e pensar.
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