26 fevereiro 2016

A Esquerda "Religiosa" e Seus Dogmas





A briga está formada. De um lado críticas às atitudes da Dilma. Do outro, companheiros que creditam à Direitistas e Coxinhas qualquer crítica à Dilma. E assim vamos nos dividindo e separando. Enfraquecendo e sendo derrotados. Não por causa das críticas, mas por causa do “dogmatismo”.
Houve um tempo – décadas – em que não se podia criticar Stalin em nada. Era um dogma. A URSSS de Stalin não podia sofrer críticas para não enfraquecê-la. Com isso Stalin assassinou toda a liderança comunista e matou milhões de russos e outras nacionalidades. Quando se pôde criticar o Sistema de Poder, acabou a URSS.
Houve um tempo no Partidão que não se podia criticar Prestes. Era dogma. Prestes não podia ser criticado para não enfraquecer o Partido e dar armas ao inimigo. Afinal quando Prestes pôde ser criticado, acabou o Partido e surgiu o PPS;
Agora é Dilma que não pode ser criticada. Mais um dogma que está se criando.
A crítica fortalece. Expõe, defende, corrige. Vamos aceitar isso como respiração da militância. Oxigenação. Quem critica não necessariamente não deixa de defender a ela, a democracia e o PT. Quem a crítica não é inimigo. São companheiros que estão com uma visão diferente. Acham que deve ser feita correção de rumos. Estão irados com coisas que não entendem, sobretudo dada as falhas que sempre foram  a característica da comunicação do PT e do Governo com as bases. Ou é mentira  que nós só viemos a entender a posição dela no pré sal no dia seguinte, depois de total desorientação da militância e da base e da bancada?
Deixem as críticas rolarem. Dilma  não é o Dogma de Maria. Com o tempo os críticos ou vão embora, ou arrefecem. E até mesmo quem sabe Dilma escuta as críticas e dialoga e cresce com elas?

Mas colocar críticos no mesmo lugar de coxinhas é de uma inabilidade política -  esta sim - que só vai afastar, enfraquecer e dividir as nossas forças.

Um comentário:

  1. Eu estou mais do que acostumado a ser chamado de coxinha ou esquerdista, quase que na mesma proporção. Quem critica o próprio partido mais do que o outro lado e enxerga os acertos do adversário, é justamente porque quer aprimoramento.

    Certa vez eu critiquei num comentário quem se diz contra a corrupção, mas não respeita a lei e nem admite a corrupção do próprio partido. Até utilizei as letras A e B para dizer que o meu comentário era o mesmo tanto pra um lado quanto pro outro. Aí um cara vem e me diz: "não estaciono em local proibido, posso criticar a Dilma?", respondi: "você pode criticar quem quiser, mas sabe criticar o outro lado também?", então ele admite que acha tanto PT quando PSDB a mesma merda. "Tá! Mas quem você defende?", depois de muito pressionar ele confessa que a "única saída é a verdadeira direita representada por Bolsonaro, Caiado, etc... e blá! blá! blá!"

    Porra! O cara quer discutir isenção ideológica e segue como um Messias um cara que só fala asneiras. Revoltadinho contra a corrupção e considera santo alguém flagrado explorando trabalho escravo... para aí que eu quero descer!

    ResponderExcluir

Deixe um comentário.