A obra de arte que nos enleva, que nos entusiasma esta sim é a obra inspirada.
Creio que há dois tipos de criação artística: a obra de arte inspirada e a obra de arte correta. A primeira nos é ditada, de repente, pelo nosso inconsciente. A outra é fruto da técnica. Fica correta, bonitinha, mas não “acontece”. Não mexe com o espectador.
Você vê isto até em comerciais da tv. Alguns são feitos com tanto esmero, tantas técnicas e não rola nada. Aí vem um, bem simples, e torna-se viral. A diferença? Um é técnico, outro, inspirado.
Percebo isso na minha carreira de ator. Há personagens que você recebe e para os interpretar tem que estudar, pensar, elaborar, buscar, etc. etc. Há outros que não precisam de nada disso: eles chegam pra você e já estão prontos. A diferença? No primeiro caso você está trabalhando no consciente. No segundo caso está com o inconsciente “aberto” como costumamos dizer. Aí rola a “magia” da criação.
No primeiro caso por mais que você se esforce no máximo conseguirá representar uma personagem de forma correta, e chata (risos). No segundo caso a personagem empolgará os espectadores e muitas vezes tomará para si o protagonismo da obra.
Mas é preciso estar atento. Muitas vezes o inconsciente nos dá a dica e o nosso censor, o superego consciente, corta o barato antes mesmo que a ideia chegue à luz.
Portanto, em processos criativos – e viver é uma constante criação – procure sempre respeitar o seu inconsciente, às vezes - ou sempre - ele é o nosso melhor conselheiro.
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