Estarrecido até agora com o acontecido. Uma composição da Supervia,
no Rio de Janeiro, passa sobre um corpo estendido nos trilhos, sob as ordens de
um manobrista.
1 – Estava morto o cidadão sobre os trilhos?
2 – Quem determinou se estava morto?
3 – Se morto, não é isto vilipêndio de cadáver?
4 – Teria sido atropelado por outro trem. Que trem? Quem dirigia o outro trem? Já se
identificou a composição, o maquinista, o sinistro?
5 – Diz a Supervia que foi dada uma ordem em caráter
excepcional. Quem tem esta autoridade? Qual a besta que deu esta ordem?
Que cargo ocupa; quem é?
6 – Então a Supervia se arroga a emitir ordem excepcional
para se cometer um crime? Quem se responsabiliza por isto? Que poder tem a
Supervia ou qualquer de seus empregados para isso?
7- A Supervia deu uma mixaria de 2000 reais para pagar o enterro
do rapaz, que custou 2.700,00 mas a Supervia num hipócrita gesto de generosidade
ficou de completar os outros 700. Por mim isso vai mais além, a Supervia além
de responder criminalmente merece um processo pela família do morto.
8 – A Comissão de Direitos Humanos da OAB se pronunciou condenando
o fato, a Secretaria de Direitos Humanos do RJ parece que não
existe, sequer se pronunciou.
9 – Porque isso não é apenas caso de polícia, é caso de
ética, moral e respeito ao ser humano.
10 – Pergunta final, mas não a última: foi feito desta forma
porque o rapaz estendido sobre os trilhos era negro e pobre?
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