07 julho 2015

Aecim, Buda, e a Vara de Bambu, em Busca da Iluminação


Houve uma vez, um brilhante par de saltimbancos que fazia acrobacias numa vara de bambu. Um dia, disse o velho  mestre-acrobata a seu aprendiz: - Apoie-se nos meus ombros e suba na vara de bambu. Lá de cima poderemos brilhar mais e iluminar a escuridão em que mergulharam o reino.
- Assim que o aprendiz o fez, falou o mestre: - Agora proteja-me bem, que eu o protegerei. Protegendo-nos e vigiando-nos mutuamente, desta forma, lá de cima  seremos o farol dos coxinhas, tomaremos o palácio da rainha e governaremos o populacho debaixo de vara – de bambu, é claro.
- Mas, disse o aprendiz: - Assim não, mestre. Vós, ó mestre, deveis proteger-vos, enquanto eu também protegerei a mim mesmo.  Afinal só um de nós pode sentar naquele trono e o senhor já sentou lá duas vezes. Agora é a minha vez, disse o aprendiz fazendo beicinho e ameaçando chorar.  (Ele era muito mimado).
Um Buda, que passava, ouvindo o colóquio disse: - Assim é que está certo, - acrescentando ainda: - é exatamente como diz o aprendiz: "Eu mesmo me protegerei". Pois cada um de vocês melhor faria se cuidasse de si mesmo aceitando humildemente  as derrotas da vida.
Enquanto estavam nesse papo a porra da vara num guentou , quebrou ao meio, e o aprendiz caiu  com todo o peso de um helicóptero perrella sobre o velho Mestre. Sifu!!!

O Buda? Seguiu seu caminho sem olhar pra trás, afinal  Iluminados sabem que  uma vara de bambu com um playboy na ponta não é um poste da Light.

Um comentário:

  1. Hahahaah!!!
    E o guru cego seguiu guiando seus cegos.

    Adorei a crônica, o seu humor sutil, navalha na carne, de escandalosas sublminares rss é uma aula. Isso me dá uma paz... adoramos você, Bemvindo!

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