Esse nariz não me engana...
Tenho idade suficiente para já ter visto muitas guerras e ter
sido surpreendido com a criatividade dos povos nas batalhas e atos guerreiros.
Mas uma galinha terrorista é a primeira vez que vejo. “Bombus Gallina” deitou latim um pernóstico tucano ao meu lado, para nomear a galinha bomba.
Em Salvador uma das proezas da turma boêmia era ir ao cinema e no meio do filme soltar lá de cima do balcão uma galinha que voava
aos berros (galinha berra?) em direção à tela, para pânico geral e diversão dos
sacanas.
Mas imaginar soltar uma galinha com dinamites presas nas
asas, nas coxas e sobrecoxas é de um requinte terrorista mais condenável que
Joãozinho amarrando bombinhas e traques no rabo do gato.
Fico me perguntando como doutrinaram a galinha. E se ela age
sozinha ou se há um galinheiro - quiçá uma granja inteira - devotada à luta do
Estado Islâmico.
Fico pensando nas galinhas que não aderiram à luta. Devem ser
pejorativamente chamadas de “galinhas” pelas companheiras do EI.
O mundo é realmente cômico se não fosse trágico. Imaginem as
tropas ocidentais, treinadíssimas, armadíssimas com equipamentos de última
geração, coisas científicas que nem imaginamos e tendo que correr atrás de
galinhas em terreiros árabes. E o melhor: a julgar pelo nariz da galinha da
foto, em princípio todas são suspeitas porque aquele perfil é coisa de árabe.
Disto sei bem: meu nariz árabe e da
família toda nos denuncia, embora não tenhamos nada a ver, e condenamos os atos
do Estado Islâmico.Galinha aqui em casa, com sangue, no máximo teremos ao molho
pardo no almoço de domingo.
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