Leio duas entrevistas, uma do humorista Diogo Portugal e outra do Marcos Veras. Diogo afirma que está cada dia mais difícil fazer humor por causa da perseguição dos chatos com seu “politicamente correto”. Marcos diz que não faz humor sobre tudo.
Duas opiniões diversas, que somadas nos levam a equilíbrio.
É fato que hoje há uma enorme quantidade de chatos, que baseados no politicamente correto enchem o saco de qualquer pessoa, não só de humoristas.
Mas há também os colegas humoristas que não tem limites e andam falando o que o bom senso manda calar.
Elegância no que se fala em cena é a origem do nosso oficio.
Ser humorista não nos libera das regras sociais ou morais. Quando a gente vai abrir a boca em cena pra contar uma piada, uma anedota ou um caso há um superego (e sempre há) dentro de nós que diz: “Isso não”. Se não ouvimos esta voz e não negociamos ela com o inconsciente que nos diz: “Isso sim” buscando o meio termo, o caminho do centro, então é claro que estaremos expostos às almas raivosas que saem dos infernos buscam encher o saco dos seus semelhantes.
Os tempos são agressivos e rudes – vide “Charlie Hebdo” - e "Prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.”.
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