Durante a Ditadura de 64 houve muitas idiotices por parte
das forças do obscurantismo, dos caretas e babacas, como o dia em que o DOPS
seguiu para o teatro com mandado de prisão para o filósofo grego Sócrates
(falecido em 399 A.C.) . Inesquecível.
Agora a Câmara Municipal de Campinas SP, entra para história
dos micos e babaquices com a moção apresentada e aprovada por cinco vereadores
de repúdio a Simone de Beauvoir.
Cinco medíocres edis, talvez muito confusos com a fama que
Campinas já possui de ser a maior cidade gay de São Paulo (risos e brincadeira)
sentiram-se ameaçados na sua própria masculinidade com questões colocadas nas provas
do ENEM e nos deram de bandeja esta piada pronta, vergonha alheia, que nem comento mais, ponho-me a transcrever
partes da notícia como me foi apresentada:
“Vereadores de Campinas aprovaram ontem à
noite uma moção de protesto contra o Ministério da Educação pela inclusão na
prova do Enem de um texto da filósofa francesa Simone de Beauvoir que tratava
sobre a condição da mulher.O autor da moção, vereador
Campos Filho (DEM), ocupou a tribuna e disparou contra a decisão dos
responsáveis pela elaboração da prova. “A iniciativa é demoníaca”, disse ele.
“Foram buscar informações com uma filósofa lá em mil trocentos e pôco (sic)
para impor a nós a discussão de gênero. Como pode alguém ser um homem de manhã
e mulher à noite?”, perguntou ele “Dizem que isso acontece porque as pessoas
sentem uma pulsão (sic). Mas eu digo. É preciso tomar cuidado com essa pulsão,
porque isso pode te levar para cadeia”, alertou o vereador católico.O
vereador Jaírson Canário (SD) amplificou a confusão. “Se Deus quisesse que não
tivesse diferença entre homem e mulher, faria Adão com dois órgãos genitais”,
disse ele, para constrangimento quase geral no plenário. Demonstrando
um severo grau de confusão, Cid Ferreira (PMDB) resumiu a história do gênero
humano. “Eu defendo o princípio que homem é homem; mulher é mulher e filho é
filho. E que homem e mulher fazem filho; que também são homem e mulher”,
afirmou ele.O
vereador Prof. Alberto (PR) – que também defendeu a moção – disse que não
aceitaria ser chamado de fundamentalista religioso. “A esquerda raivosa acha
que pode falar o que quiser, mas quando a gente fala deles ficam todos
delicadinhos”, disse. “Eu que quero que respeitem a nossa opinião, porque uma
coisa é certa: homem é homem e mulher é mulher”, afirmou.”
Precisa mais, ou esta patacoada digna de redator de Zorra
Total, basta?
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