09 outubro 2015

Golpe do PSDB: Farinha Pouca Meu Pirão primeiro



Este é e deveria ser sempre um blog de humor, mas às vezes eu não tenho como deixar de dar pitacos mais sérios. Esse ódio, essa afoiteza da Oposição (Leia-se Aécio, FHC, Aloysio et caterva) em impugnar Dilma vai bem além do jogo político normal  vai pela ganância pelo poder, vai pelo golpe sem máscaras, averto, açodado.
Essa raça de víboras há um ano prejudica o andamento do País com uma crise política bem maior que a crise econômica, pouco se importando  com a ética ou com o pudor. 

Mas esse é o meu entendimento, e ele pouco vale, já que por outro lado -  o lado do Governo -  nós, os de baixo, nunca sabemos o que realmente se trama, se conversa e se acorda. Ou seja: a política  é feita pelas cúpulas e as bases militantes são apenas emocionadas e irracionais massas de manobra para os acordos dos poderosos,  que só décadas mais tarde entenderemos.

O foco que interessa é lembrar que este ódio, este açodamento pelo poder, historicamente sempre rendeu decapitações, exílios, amarguras e decadência para seus protagonistas.

No reinado de Henrique VIII a quantidade de cabeças poderosas que iam rolando ao longo do reinado foram dezenas. Não sobrou ninguém. Quem ganhava o poder ficava nele apenas o tempo de comer umas uvas e beber uma taça de vinho.

Na Revolução Francesa , a mesma coisa: quem hoje estava no poder ia pra guilhotina no dia seguinte. E a Revolução acabou nas mãos de um cabo medíocre que tornou-se uma espécie de Getúlio Vargas francês.
Sem contarmos que a Revolução feita pelos servos e camponeses, acabou mesmo foi nas mãos de uma terceira força: a burguesia.

Na Revolução Soviética sobrou apenas Stalin, mortos foram Trotsky, Bukharin, e dezenas de outros revolucionários de primeira hora.
Na cubana, lá se foram Cienfuegos – num “acidente aéreo”- e Che, que renunciou à cidadania cubana porque percebeu que não havia lugar pra ele  no palanque de Fidel. Sem falarmos em uma dezena de oficias de alta patente executados sob a acusação de “tráfico de drogas”.

Na Proclamação da nossa República não deu outra, apenas não houve decapitações, mas dançaram todos os marechais e generais que derem o golpe contra a Monarquia.
Mais recente, em 1964, os golpistas Lacerda, Adhemar e Magalhães Pinto foram os primeiros a serem cassados pela “revolução” que eles julgaram os levaria ao Poder.

À luz da experiência histórica posso afirmar que em caso de golpe “branco” não há o que desiludir-se ou desesperar.  Como dizem os mineiros: é só sentar na beira do rio e esperar passar os cadáveres de seus inimigos.

Se o golpe ocorrer podem  estar certos : não passarão dez anos para que todos, todos esses golpistas desapareçam de forma vergonhosa ou obscura do cenário do País. Aliás, FHC é um  dos primeiros da lista,  mais por uma questão etária que por qualquer outra ação humana.

Enfim, como dizemos na Bahia: Farinha pouca meu pirão primeiro. É o que vai acontecer uma vez os golpistas no Poder. Ou Aécio acha que vai comer sozinho a carniça de um País destroçado pela mídia golpista, pela economia fragilizada, e pela crise política que com certeza  será muito maior que a atual?


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