Li numa gazeta regional que o jovem Casemiro Spanziolli, natural de Araraquara,
São Paulo, é também conhecido por seus amigos e parentes mais chegados como ”Mão de Seda” ou “Mão Ligeira”.
Quando chegou aquela idade em que os rapazinhos
púberos trancam-se no banheiro por horas
a fio em completo silêncio, Casemiro não se fez de rogado: descobrira uma
nova diversão, bem diferente de ir pra Viracopos ver avião subindo e descendo..
Horas e horas dentro do banheiro.
Mas a coisa piorou quando ele aos 15 anos ganhou um netbook de seus pais. Aí, lá ia ele e o netbook para o banheiro. E como navegava
com o inseparável companheiro.
Aos dezessete anos já estava literalmente viciado
em sites de pornografia. Aos 24 anos não tinha ainda arranjado namorada e nem conhecido
uma mulher “real”. Elas não lhe interessavam: “- São quentes pegajosas, moles, doces,
falam, olham, se mexem...”. Dizia ele aos coleguinhas chegados. O negócio dele eram
as imagens fixas que alimentavam sua fantasia, àquela altura já exibidas num dinâmico tablet.
Chamado à atenção de que seu braço direito estava
mais grosso que o esquerdo passou a praticar seu prazer solitário também com o
esquerdo, e neste exímio exercício ambidestro tornou-se de vez um dependente de
pornografia virtual.
Como, minha senhora? Se existe isso? Existe sim,
tem até clínicas de recuperação pra isso.
A dependência denunciou-se quando seu tablet , num
auge de prazer, caiu no vaso sanitário e danou-se. O rapaz emagreceu, ficou pálido,
não comia, não sorria, perdeu o viço, a alegria e era visto chorando baixinho
pelos cantos.
Hoje, aos 24 anos, está em tratamento para dependentes
de pornografia pela Internet e em breve será “apresentado” a uma mulher de carne
e osso.
Portanto - senhora, senhor - se seu filho começar a entrar no banheiro com
um smartphone, tablet ou notebook e ficar horas por lá, nem pestaneje, ele não
está no Google aprendendo sinônimos e antônimos. Providencie logo pra ele uma
mulher real. Com certeza ele vai tomar gosto.
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