30 junho 2014

A Cabeça de Para Raios de Eduardo Bueno




bueno2 A Cabeça de Para Raios do Eduardo Bueno

Uma metamorfose ambulante


Estava posto no recesso do meu lar (risos)  assistindo um programa noturno. Presentes no programa  além de muitas outras personalidades -  inclusive Thiago Lacerda -  estava o historiador  Eduardo Bueno , o  Peninha.
Autor de vários livros sobre o Brasil do século XVI.
Mas de repente, não mais que de repente, sem quê nem pra quê, num adendo da conversa o Peninha me larga: "Aquela bosta que é o Nordeste." Vi e ouvi com meus próprios sentidos.
Ninguém editou, ninguém postou pela metade... nada. Estava lá, a "obra" inteira sujando a linguagem da TV.
Fiquei chocado, sobretudo pela parte nordestina (baiana e sergipana) que me toca.
Mas como compreender Eduardo Bueno?
Mais tarde lendo uma entrevista sua datada de 1998 vi a geléia geral que se passa na sua cabeça.
Diria que ele é um prisma. Reflete várias imagens e personalidades conforme o mundo gira e ele gira  com o Mundo.
Lembrou-me, pela maneira de falar e pelas expressões usadas um amigo que tive,  rico exemplar de esquizo,  consumido por gênios que o levavam a vagar  entre o real e o imaginário.
Como diria Raulzito: Eduardo é "maluco beleza"! Não diz coisa com coisas, mistura todos os conceitos e diverte-se com seus próprios egos inflados.
Como em uma  típica feira nordestina na cabeça de Peninha  tem de um tudo  pro gosto de qualquer freguês, basta escolher o ego que te agradar no momento.
Dono de um raciocínio rápido,   e de uma retórica idem, faria realmente falta ao universo brasileiro de hoje.
Se eu estivesse na Bahia diria com o humor que nos caracteriza  que ele tem a cabeça de para raios: cada hora uma centelha de energia vinda de espaço diverso desata mais um curto circuito no seu cérebro.
Não sei como conseguiu escrever com tanta lógica e coerência as obras que lhe encomendaram Fernando Henrique e José Serra.
Espero continuar lendo os seus bons livros  e separando o joio do trigo. Pelo visto ,  muito mais joio que trigo (risos).
Em tempo: o Nordeste não precisa da minha defesa, nem da de ninguém.  O nordestino é antes de tudo um forte, escreveu Euclides da Cunha, e o Nordeste fala por si.

3 comentários:

  1. Nordestino de coração só torce por time da região.

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  2. Bemvindo, Eduardo Bueno não é e nunca foi historiador. Ele é apenas um jornalista que escreve sobre história pegando carona em livros de historiadores de verdade. Seus livros, aliás, são recheados de anacronismos, simplismos e bizarrices. Por isso mesmo, essa figura é desprezada pelos historiadores. Eduardo Bueno bem que podia aproveitar o ensejo fazer esse favor ao Brasil: parar de falar sobre História sem ter formação acadêmica para isso. Ele apenas desinforma os leigos. Um historiador de verdade nunca chamaria qualquer região que seja de "aquela bosta".

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  3. Eduardo bueno é caso de terapia com o zé celso kkkk

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