08 julho 2021

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BOLSONARO, O LADRÃO DE VACINA

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Dentro da literatura, o francês Maurice Leblanc criou, há mais de um século, um personagem fantástico chamado Arsène Lupin, o ladrão de casaca, um ladrão cavalheiro, gentil e elegante. Esta narrativa nos empolgava, porque o personagem roubava dos ricos com extrema elegância e, de alguma forma, nos fazia sentir vingados contra a Casa Grande. Por isso, saboreamos até hoje a obra de Maurice Leblanc.

Durante este século, o Brasil criou o ladrão de vacina. Diferente de Lupin, este ladrão não rouba dos ricos e não é elegante, é estúpido, grosseiro, ignorante e rouba a vida dos pobres. Mais de 530 mil brasileiros foram mortos, porque o ladrão de vacina não podia perder a oportunidade de superfaturar o imunizante contra covid-19. Roubar em cima da saúde do povo, da morte e do genocídio é algo abjeto. Este ladrão afirma em todos os lugares que não é corrupto, mas rouba vacina.

Outra diferença é que Lupin trabalhava sozinho e era um gentleman, vestindo casaca, cartola e monóculo. Já este nosso ladrão de vacina é vulgar, usa sandálias fajutas e come pão com leite condensado.

Pão com leite condensado é puro gourmet que poucas pessoas sabem apreciar. Crianças gostam desta iguaria, bem como adultos que ainda não superaram a fase anal e que são infantilizados. Isso porque este prato tem um sabor de infância, que relembra ao nosso ladrão aquele período anterior a se tornar corrupto, fascista e genocida. Pão com leite condensado o lembra, de alguma forma, de quando ele ainda podia brincar de fantasias e imaginações, antes que a psicopatia tomasse conta de seu ser.

Além disso, ao contrário do ladrão de casaca, o ladrão de vacina não age sozinho. Há diversos ladrões de vacina, uma quadrilha completa entranhada no Ministério da Saúde. Este bando é tão grande que não dá para saber onde está a raiz desses roubos. Vale ressaltar que negar uma vacina para poder ganhar dinheiro com outro imunizante é roubo, é crime.

Destaca-se o fato de que envolvidos nesta quadrilha, culpados ou não, surgem os militares. Com a CPI da covid, veio à tona o envolvimento de um general, dois coronéis e dois tenentes-coronéis envolvidos na compra superfaturada de uma vacina, apenas no Ministério da Saúde. Sob o comando do ladrão de vacina, ao todo, são 10 mil militares mamando nas tetas do governo.

Apenas no Ministério da Saúde cinco militares emergiram como objeto da CPI da covid-19. Com certeza, serão encontrados mais envolvidos implantados em todos os outros Ministérios e departamentos do governo. Quantos ladrões de vacina existem?

É realmente vergonhoso para o Exército, que mantém sua gloriosa reputação, ver cinco nomes de altos oficiais envolvidos no superfaturamento de vacinas. O Exército não precisava passar por isso.

Entretanto, é importante que as Forças Armadas passem por isto, pois nenhum dos crimes cometidos de 1964 até hoje foi apurado, nem mesmo a bomba do Riocentro em 1981. Neste caso, o inquérito foi encerrado antes de se chegar a alguma conclusão e assim permanece. Da mesma forma está a investigação sobre Augusto Aras, Procurador-geral da República. As investigações não progridem, porque a Casa Grande só permite seu andamento enquanto tiver o controle do poder.

Se o romance de Leblanc era popular, o romance do ladrão de vacinas é antipopular, elitista e faz o viés da Casa Grande. De qualquer modo, ladrão de vacina é um título que cola muito bem, além de genocida, fascista, nazista, estúpido e tudo do que já foi chamado.

Diante de tudo isso, não se esqueça: dia 24 de julho vamos às ruas novamente, todos juntos e com muito mais gente, contra o genocídio.


31 março 2021

BOLSONARO MAIS PERDIDO QUE CACHORRO QUE CAI DE CIMA DE CAMINHÃO DE MUDANÇA


 Publicado em KOTTER.NOTíCIAS.  https://noticias.kotter.com.br/ 

Por
 Bemvindo Sequeira
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Nesta noite de segunda-feira (29), o governo Bolsonaro se embolou no meio de campo. Jair Bolsonaro trocou seis Ministérios sob seu comando.

E, por incrível que pareça, o presidente fez uma lambança. Ele tirou o ministro terrivelmente evangélico Mendonça e o mandou para Advocacia Geral da União. Depois disso, Bolsonaro nomeou um delegado da polícia federal como Ministro da Justiça.

Veja bem, não é o chefe da polícia, mas apenas um delegado do Distrito Federal. Ou seja, o indicado não tem nem o topete e nem o tamanho para ser Ministro da Justiça do Brasil.

Atendendo ao centrão, mandou a deputada Flávia Arruda para Casa Civil, além de atender a outros desejos desta ala, como demitir o ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo. O presidente também atendeu aos pedidos dos filhos dele.

Além de todas essas mudanças, Bolsonaro se indispôs com as Forças Armadas demitindo o ministro da Defesa. Isso porque o ministro da Defesa se posicionou a favor do comandante do Exército.

Bolsonaro queria que o general Pujol, comandante do Exército, fosse o menino de recados dele nos festejos do golpe militar de 31 de março. Ele queria que Pujol emitisse notas, comandasse as festividades, organizasse toda a homenagem ao golpe militar de 64.

Porém, o general Pujol se recusou a isso. Segundo as fontes que temos, a informação é de que o general se recusou a isso considerando que o Exército é um órgão de Estado e não de governo.

Portanto, o órgão não obedece a ordens do Presidente da República para fazer festas e emitir notas. A função do Exército é se posicionar em defesa da soberania e do povo brasileiro, na defesa da Nação e da Constituição.

Como o general e ministro da Defesa se colocou ao lado do general Pujol, Bolsonaro o demitiu. A finalidade era permitir a demissão também de Pujol pelo presidente.

Por conta disso, os três ministros militares se reuniram ainda na noite de segunda para decidir se pediriam demissão conjunta. A cisão dentro das Forças Armadas no apoio a Bolsonaro tomou forma já com a nomeação de Braga Netto para o Ministério da Defesa.

Braga Netto, que é um general da confiança de Bolsonaro, braço direito dele, é nomeado como ministro da Defesa para renomear os comandantes militares.

A melhor coisa que os comandantes militares poderiam fazer realmente era pular fora. Assim, eles não seriam vergonhosamente demitidos.

Desta forma, há um endurecimento da linha militar, mas há um isolamento do presidente ao mesmo tempo. Braga Netto vai nomear generais capachos de Bolsonaro, como Pazuello. Serão generais que cumprem ordens do tenente maluco que foi expulso das Forças Armadas.

Em compensação, Braga Netto e Bolsonaro se indispõem com o restante das Forças Armadas com estas manobras.

Portanto eu diria que Bolsonaro está mais perdido do que cachorro quando cai de cima de caminhão de mudança.

O ministro do Exterior não muda nada, foi uma troca de seis por meia dúzia. O atual é tão conservador quanto Araújo, porém não é olavista.

É um mistério como o Ricardo Salles ainda não caiu. Entretanto, ele deve ser jantado pelo centrão nos próximos tempos.

O que Bolsonaro conseguiu com essa mudança nos ministérios foi provocar um terremoto em Brasília. Porém ele se isolou ainda mais. Depois da carta dos empresários, agora é a vez dos militares.

Algo certo é que hoje Bolsonaro é refém do centrão. Governa cada vez menos, apita cada vez menos. Mesmo assim, troca comandos militares que poderiam o apoiar constitucionalmente e perde a base militar.

É muito importante registrar que ele demitiu de forma vergonhosa o ministro da Defesa, pois este se posicionou dignamente em relação ao papel do Exército. Este tipo de situação mexe muito com os brios dos militares.

Em conclusão, Bolsonaro vai perdendo cada vez mais base e vai morrendo cada vez mais gente no Brasil. As mortes acontecem por culpa da incúria, do deboche, do sarcasmo, da irresponsabilidade com que Bolsonaro trata a pandemia e trata o povo brasileiro.

Não há nenhum projeto, não há empregos, a carestia aumentando, a inflação explodindo, os gêneros alimentícios explodindo de preços, o desemprego aumentando, a violência e a insegurança aumentando também. E o presidente enlouquecido, perdido no abraço do centrão, caminha cada vez mais em direção à corrupção desta ala.

Quem sobreviver verá.




10 março 2021

BOLSONARO ACUADO

 Publicado em KOTTER.NOTíCIAS.  https://noticias.kotter.com.br/ 



Bolsonaro acuado e desesperado é motivo de alegria. Todas as vezes que Bolsonaro se sente acuado, ele entra em desespero e coloca a mãe no meio.

Ano passado, quando perguntado por um jornalista sobre um recibo, ele disse “A tua mãe mostrou a nota fiscal para o teu pai? Pergunta à tua mãe se ela mostrou a nota fiscal para o teu pai!”. É uma grosseria.

Recentemente, quando alguém diz “Vá comprar a vacina”, o presidente responde “Manda tua mãe comprar a vacina!”. É uma ofensa com a sensibilidade do povo brasileiro. Ele deixa de ser presidente para usar um linguajar de moleque de rua, de briga de criança que coloca a mãe no meio.

Ele está acuado, vendo sua popularidade cair neste momento, abaixo de trinta por cento. Terça-feira passada (02), o presidente iria fazer um pronunciamento pela rádio e televisão, porém cancelou. Adiou para quarta-feira (03) e também cancelou. Isto mostra o grau de desespero dele, com sua popularidade despencando.

Não tem vacina, ele se sente pressionado, derrotado na Câmara, derrotado no Congresso em vários projetos. Ele entra em desespero e toda vez que ele entra em desespero, ele parte para a agressividade e envolve a mãe no assunto.

É vergonhoso que o homem que deveria ser Presidente da República está transformando o Brasil num pária internacional. Isso significa que o nosso país é similar à Somália, ao Sudão do Sul, às guerras que existem nos países mais atrasados da África, da Ásia e do Oriente Médio.

Além disso, nosso país é uma ameaça à saúde mundial, com o surto de covid-19 sem controle e cada vez pior. O ministro da Saúde serve apenas para avisar que em março vamos ter três mil mortes por dia. E Bolsonaro no banquete regado a leitão, dando gargalhadas e rindo da morte do povo brasileiro.

Para completar o deboche, o seu filho querido 01, aquele que comprou uma mansão de R$ 6 milhões, saiu às compras com a esposa no shopping para mobiliar a mansão. Veja bem, eles mobiliaram uma mansão, não um apartamento de 2 quartos e uma sala. Uma mansão daquele tamanho necessita de pelo menos R$ 1 milhão para ser mobiliada ao gosto da elite dos novos-ricos. De onde vem esse dinheiro de Flávio Bolsonaro nós não sabemos. E tudo isso acontece as vistas dos brasileiros, no pior momento de pandemia e de morte no país.

Mais uma vez, Bolsonaro entra desespero e solta “Deixa de frescura! Para de mimimi! Para de chorar! Vamos para frente.”. Nós não temos nem ao menos o direito de chorar nossos mortos? Este homem não tem coração, isso é uma praga.

Porém eu não posso dizer isto, pois há um deputado entrando com projeto de lei para que a Polícia Federal enquadre em prisão em flagrante quem ofender o presidente. O que é ofender o Presidente da República? Dizer que ele cortou o cabelo com uma cuia é uma ofensa e a Lei de Segurança Nacional é acionada por isso? Ou a ofensa precisa ser mais explícita?

Desta forma, a Polícia Federal não vai fazer outra coisa no Brasil. São milhares as ofensas ou críticas que podem ser interpretadas como ofensas nas redes sociais. Desta forma, a PF terá que efetuar milhares de processos e prender milhares de pessoas por ofender o Presidente da República.

Este projeto serve apenas para se aproximar e marcar presença ao lado do presidente Bolsonaro. Sendo assim, seria melhor decretar o Estado de Sítio, em que ninguém pode falar nada, senão vai preso em Segurança Nacional.

Num país de 210 milhões de habitantes, no mínimo teremos 10 milhões de pessoas na cadeia. Não há cadeia para todo mundo, nem tornozeleira eletrônica para todo mundo. Da mesma forma, não há vacina para os brasileiros porque Bolsonaro deixou de comprar. Ele deixou passar o tempo, o mundo inteiro encomendou as vacinas, mas o Brasil não o fez.

Isso nos levou a mortandade que estamos presenciando. O que Bolsonaro quer é ver o genocídio. E corre o risco de um deputado aprovar este absurdo projeto de lei. Os brasileiros vão ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional, como aconteceu com o rapaz em Uberlândia semana passada, pois publicou uma bobagem humorística sobre o presidente. Ele foi preso, um rapaz de 24 anos, por uma postagem em rede social.

Caminhamos diretamente para o desespero fascista de Bolsonaro.

E não existe poder que esteja interessado em pará-lo. Estão todos de pleno acordo: Legislativo, Senado, Câmara, Judiciário, Forças Armadas. Todos estão achando uma gracinha Bolsonaro fazer o que quiser na Presidência República. Melhor dizendo, este moleque de rua, pois esta postura, de quem envolve a mãe em briga, é de moleque de rua.

Bolsonaro está desesperado. Fiquemos felizes por isso.  Quando ele se desespera, seus olhos falam, ele fica sério e envelhece 10 anos. Ele se desespera com seu filho fazendo a besteira de comprar mansão e sair para mobiliá-la, debochando do povo brasileiro e de seu próprio eleitorado.

Com tudo isso, nós continuaremos perseverando. Como se diz na Bahia, “não rogo praga, mas o fim eu hei de ver”.