18 julho 2014

A Conta da Nova Pesquisa Não fecha



Nova pesquisa eleitoral.

Por ela, Dilma ganha no primeiro turno.

Mas o PIG não se dá por achado e resolve propor uma simulação de segundo turno.

Nesta,  Aécio salta de 20 pontos para 40 pontos. Que seriam todos os 8 de Campos, mais todos os 3 do Pastor  Everaldo, e mais todos os outros candidatos nanicos, e ainda pegaria de sobra mais oito pontos de brancos e nulos. Ainda assim ficaria 4 pontos atrás de Dilma, coisa que o PIG anuncia como empate técnico no segundo turno.

Um verdadeiro prodígio para levar Aécio a pé de igualdade com Dilma num segundo turno.

Que segundo turno? A pesquisa é clara: Dilma vence no 1º turno.

E as manchetes do PIG são "Aécio empatado com Dilma no SegundoTurno".

Isso sim é manipulação, e falta de estudo, pois a conta não fecha.

Vai ficar em recuperação de matemática igual minha neta de 12 anos, mas ela não é candidata, nem trabalha no PIG ou no IBOPE, é só uma adolescente viajando no mundo virtual. No mesmo mundo onde para o PIG a fantasia torna-se realidade.




17 julho 2014

SAI DO ARMÁRIO ROMÁRIO !



Romário é candidato a Senador no Rio, pela chamada Frente Popular: PT, PSB, PCdoB, e PV que tem Lindberg como candidato a Governador.

Parece-me que Romário tem dificuldades para sair do armário. Eu explico:

Embora já crescidinho, e deputado federal, acho que ele ainda acredita naquele papo malandro de  deixar só a "cabecinha".

Aceitou integrar a Frente mas não para de destratar e agredir, desmoralizar e renegar o PT e  a candidatura de Dilma à Presidência.

Será que realmente  pensou que era fácil fazer uma aliança com o PT, e  manter a "virgindade"? Esta aliança não tem ombros, como afirma o dito popular. Ou vai ou não vai.

Não dá pra ficar gritando "Tira, tira, tira" e depois" Deixa, deixa, deixa".

Romário vai ter que sair do armário, não tem como ficar só na portinha: ou assume de vez que está dentro, ou sai fora.

Da minha parte eu não votarei num candidato que passa o tempo todo batendo na minha candidata à Presidência em vez de bater nos seus adversários a senador ou a governador.

Não vou votar num senhor que quando chegar ao Senado será o mais ferrenho e grosso opositor à Presidenta reeleita.

No meu tempo isso se  chamava 5a coluna.

Em dramaturgia há vários títulos sobre isso: "Dormindo com o Inimigo" é um deles. Outro é título de um Cordel: "O Inimigo Dentro".

Agora não há quem me faça votar nele. Prefiro procurar outro candidato.

Repetindo as suas palavras sobre Dilma , uso as mesmas para ele: "Se alguém me vir votando no Romário pode me internar porque vou estar numa camisa de força."



08 julho 2014

AINDA SOMOS OS MESMOS E PENSAMOS COMO OS NOSSOS AVÓS



Retroajo uma geração na letra de Belchior para o título do post de hoje.
Porque nossos políticos , vão tornando-se anacrônicos no mundo atual.
Um mundo que se expressa por imagens e rapidez da informação, pela síntese de palavras e pela capacidade digital de pensar e falar, e a turma parlamentar ainda se atém ao discurso linear e emocional do iluminismo francês.
Observando tanto a militância quanto seus líderes nos últimos dias , mesmo sendo de esquerda, direita, centro, centro oeste, leste,  estrela do norte,ou cruzeiro do sul , percebo que estão chegando agora à descoberta da máquina a vapor.
Caminham par e passo com  Victor Hugo, pai.
Não chegaram ainda a Maiakovsky. Se fosse em pintura diria que estão no Realismo clássico e nem conheceram Picasso.
A Semana de 22 e o poema processo ainda vão nascer .
Não admira que a política tradicional não mobilize a garotada.
Minha neta de doze anos senta e abre três, quatro  windows e hardwares diversos , e enquanto digita em um, conversa no outro,vê um vine em outro, e ainda sobra espaço na memória ram dela para falar ao telefone.
Nada contra a retórica. Tem seu lugar. Mas fico pasmo ao perceber o quanto estamos acostumados ao discurso linear, lógico, longo, para explicar coisas tão simples de ser sentidas.
Ponto para Dilma que com os braços disse: "É Tóis!". Tóis, a linguagem de Neymar, um garoto de 22 anos, sintonizado com a vibe do mundo atual.
Acho que nem a Presidenta sabe do alcance da sua linguagem quando fez o gesto. Valeu por cem discursos que desejassem a Neymar pronto restabeleciemnto, etc. etc. patati patatá.
Mas se os políticos e suas militâncias ainda usam e abusam desse tipo de discurso e pensamento analógico é porque ainda encontram público para tal.
Um público que a cada cinco anos -  a cada nova geração eleitoral -  estará   mais escasso à medida que avançamos na Revolução Cibernética.
Com certeza , senão nesta, mas nas próximas eleições leva a Taça não quem souber usar as Redes Sociais - onde as campanhas estão chegando agora, com 10 anos de atraso - mas quem souber usar o pensamento e a linguagem digital.

01 julho 2014

Vinte e Seis Anos sem o Chacrinha


chacrinha O Tempo Passa: 26 Anos Sem Chacrinha
O "Velho Guerreiro"

Quando Chacrinha morreu, em 30 de junho de 1988 morreu com ele um Brasil inteiro.
Prefiro dizer assim que o lugar comum "morreu um pedaço do Brasil". Digo logo: morreu um Brasil inteiro, porque logo depois entramos   numa nova era econômica, e por consequência uma nova era cultural, social e de costumes.
A alegria tropical de um irreverente apresentador. A cara nossa de cada dia. Talvez o ultimo rebento da Semana Moderna de 22.
"Vocês querem bacalhau!!!" Gritava para o   auditório e jogava mantas de peixe em direção às câmeras, em direção do espectador.
Fez história no entretenimento nacional. Um gênio da comunicação.
Pai da célebre frase, irreverentete como toda a sua performance "Em televisão nada se cria, tudo se copia."
Ninguém conseguiu até hoje substituí-lo. Fruto de uma época.
E Chacrinha fazia tudo isto em plena Ditadura Militar.
Fico imaginando com a liberdade de hoje o que não nos presentearia em criatividade o velho Abelardo Barbosa, o Chacrinha.
Mesmo sem receber um tostão por nenhuma das reprises apresentadas no Canal Viva, seus colegas de profissão e de entretenimento, como eu,  ainda conseguem relembrá-lo nas reprises.
Dessa maneira matamos as saudades de um Brasil onde a agressividade - limitada a  bacalhaus, aipins, e farinhas jogadas no público -   era apenas  uma forma saudável de humor.