Pequeno Jeferson, não precisa se dar tanto valor. Nenhum de
nós temos este valor todo que você se atribui. Se a gente quer romper com a
Presidenta não precisa tornar isto público. Publicar o rompimento e fazer disto matéria de
mídia é apenas ego, puta vaidade de ego. Você, eu, somos nada, ou muito pouco.
Não temos este valor que você pensa ter. Daqui há meses ninguém sequer vai s e lembrar
de você, e ela continuará Presidenta. Dar uma de menino emburrado ou magoado é
bobice, amadorismo, primarismo político, a menos que esteja querendo pedir perdão à
Direita com este gesto público.
Seu comportamento é vaidoso, pequeno burguês e bobo.
Demonstra como político e como humorista um amadorismo exemplar. Está magoado
com a “amiga”? Tenha dignidade: saia de baixo. Saia de cena sem piar. Afaste-se.
Se não mais a apoia, cale-se, porque se a condena está fazendo o jogo dos seus
inimigos mais fortes: a Direita. Não se esqueça que ainda ontem comias da mão dela. A ingratidão fica registrada.
Querendo seu ego de reizinho ou não, ela
ainda é a Presidenta democraticamente eleita pelo povo, e você de bastidores da
política é leigo, como eu, apenas um
cometa que riscou o céu no momento que a estrela brilhava. Você e eu.
Também não curto a Dilma desde o primeira dia do primeiro mandato dela quando ela foi
almoçar com a Folha e deu uma banana para nós internautas. Da ingratidão dela também não me esqueço, mas a política e o Brasil são maiores. E ela ainda é o
que há de melhor neste momento nos Poderes da República.
Agora que você enterrou a meteórica “Dilma Bolada” você está
livre pra outro papel, quem sabe até de Marina Embolada, ou Marta Enrolada, mas não morda a mão que lhe afagou.
Saia em silêncio. Neste momento você só tem importância para você mesmo, e para que eu me compadeça.(Compaixão: participação espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o sofredor).
Um velho amigo me dizia que às vezes a gente tem um ato de um minuto de heroísmo e depois a vida inteira pra se arrepender.
Um abraço do veterano humorista, criador, cidadão, e
militante que repete aqui o verso de Thiago de Mello: “Faz escuro mas eu
canto...”