Terça à noite, numa festa que durou até as 2h da madrugada de 4a feira dezenas de amigos comemoraram na casa dos Goulart os 59 anos de casados de Paulo e Nicete.
As fotos falam por si.
O jantar de muito bom gosto: Bacalhau a Gomes Sá, Salada Burrata, Rizzotini com Passas, e Filé Mignon, mas o ponto do pecado foi a mesa de sobremesas.
28 fevereiro 2013
27 fevereiro 2013
Rio Homenageia Stuart Angel Assassinado pela Ditadura
Na verdade deveria ser o contrário: Hilgard Angel, irmã de Stuart Angel já que ele seria mais velho que ela.
Digo seria se não tivesse sido assassinado de maneira covarde , cruel, na Base Aérea do Galeão, Rio, em 1971 durante a Ditadura Militar.
Primeiro os militares e agentes o torturaram muito, com choques elétricos, pau de arara, espancamentos etc. etc. depois amarraram o jovem à traseira de um jipe da Aeronáutica e o arrastaram pelo pátio da Base Aérea até a morte.
Mais tarde, estes mesmos servidores públicos matariam sua mulher, Sonia Angel, e depois sua mãe a estilista Zuzu Angel.
Hildegard Angel hoje é a testemunha viva das atrocidade praticadas em nome da "Democracia" durante a Ditadura Militar.
Mas ontem foi dia de resgate.
O Governo do Estado do Rio, a partir de uma petição lançada pelos moradores do bairro de Senador Camará no Rio de Janeiro promoveu mais um resgate da memória dos heróis nacionais mortos na luta pela Liberdade: inaugurou o Colégio Estadual Stuart Angel.
Estivemos presentes, minha mulher Doia e eu, e foi muito emocionante.
Uma grande confraternização.
Uma centena de pessoas, amigas de Hildegard, de Zuzu, de Sonia, e de Stuart estavam lá. Todos de camisas vermelhas com a figura de Stuart em preto.
Por causa do acordo político que resultou na Lei de Anistia não pudemos ainda mandar para a cadeia os monstros que perpetraram tais crimes contra a nação e o Povo brasileiros, mas a cada homenagem como esta apaga-se o nome destas bestas a serviço da morte e acende-se a chama que mantém viva na memória nacional os que deram sua vida para que hoje gozemos de Democracia e Liberdade.
A história acima narrada é triste, trágica e muito triste, mas faço questão de narrá-la sobretudo para conhecimento das novas gerações, para que não se perca na memória do tempo, e para que nunca mais neste País se repitam tais fatos.
24 fevereiro 2013
FINAL : "ARTISTAS VÃO PARA A DIREITA?
"Que saudades da Amélia"... e de Mário Lago.
Hoje é a terceira e última postagem deste tópico. Por isto mesmo um pouco mais longa. Me perdoem.
Hoje. Passados quase trinta anos do fim da Ditadura Militar os artistas seguem seus caminhos ideológicos.
Podem fazer suas escolhas sem serem empurrados para um único segmento por um excessivo regime militar.
Quando vejo humoristas, cantores, artistas , com posições antiprogressistas, reacionárias, entreguistas mesmo, não deveria escandalizar-me.
A Democracia pela qual lutamos permite a livre expressão ideológica.
Permite que cada um faça suas escolhas de acordo com sua consciência e conveniência.
Vivemos tantos anos sob Ditadura que nos esquecemos como era antes. Desde 64 já se vão 49 anos.
Havia a diversidade ideológica. Chegava-se a contendas nas ruas entre ideologias opostas.
Nós jovens identificávamos a ideologia do sujeito no banco da frente pelo jornal que ele trazia nas mãos: "Ùltima Hora" ou "O Globo".
Saúdo a memória de lutadores históricos pelas causas populares como Jorge Goulart, Nora Ney, Jackson do Pandeiro, Mário Lago, Jararaca, Modesto de Souza, Francisco Millani, o Palhaço Fred, Tayguara, Raphael de Carvalho, Lélia Abramo, Vanda Lacerda e tantos outros.
Mas nunca foram unanimidade. Havia também os artistas que se opunham às conquistas populares. Seriam mais tarde os dedo-duros da categoria, como o famoso apresentador da Rádio Nacional que entregou todos os colegas de esquerda à sanha da Ditadura.
Havia os colegas de antanho que trabalhavam por romantismo; por amor à arte morriam tuberculosos; moravam em cortiços na rua da Carioca e adjacências da Praça Tiradentes.
Ser artista era ser "gauche" na vida.
No mundo neoliberal de hoje, para alguns ser artista é ter a mesma visão de carreira que a de um executivo de Multinacional.
Vale tudo pela carreira, pelo dinheiro, pelo poder e pela fama.
Vale ficar calado; vale não se comprometer nem com política, nem com religião, nem mesmo com time de futebol, sequer se pronunciar sobre recheio de pastel.
Vale calar-se diante das injustiças cometidas, e vale sobretudo louvar o dinheiro, numa idolatria que leva a carne aos ceús e a alma aos infernos.
Assim como muitos são os chamados e poucos os escolhidos, não se enganem: ser de esquerda, tomar o lado dos excluídos, dos sem-nome, é profissão de fé.
Fé pertence aos loucos. Àqueles que creem no que não se vê, e em fatos que ainda não aconteceram.
Loucos os artistas que acreditam que pode ser o Homem um parceiro para o Homem, num mundo de igualdade, fraternidade e liberdade, onde não haja fome, injustiças, exploração,miséria...
Loucos sim...Mas Deus criou os loucos para envergonhar os sábios.
E só os loucos sabem as tribulações que passam, e entretanto prosseguem porque de que adianta a um artista ganhar bens e perder o Bem?
Encerro dirigindo-me aos colegas satisfeitos com a "lucidez e a razão" e com o Sistema que lhes dá a migalha de cada dia, relembrando Bivar quando perguntou: "Por que seria a loucura mais sã que a falta dela?"
Há colegas em campos opostos. A esquerda jamais foi unanimidade entre a categoria... e esta reflete a Sociedade como um todo.
Respeitando e compreendendo a diversidade ideológica conquistada por todos nós com a Democracia, saúdo os loucos com os quais caminho lado a lado nesta jornada e abro meus braços para o abraço.
Um abraço onde neste ano de 2013 comemoro com muito orgulho 50 anos de luta numa loucura que me mantém vivo: a fé por um Mundo liberto da exploração do homem pelo homem.
Hoje é a terceira e última postagem deste tópico. Por isto mesmo um pouco mais longa. Me perdoem.
Hoje. Passados quase trinta anos do fim da Ditadura Militar os artistas seguem seus caminhos ideológicos.
Podem fazer suas escolhas sem serem empurrados para um único segmento por um excessivo regime militar.
Quando vejo humoristas, cantores, artistas , com posições antiprogressistas, reacionárias, entreguistas mesmo, não deveria escandalizar-me.
A Democracia pela qual lutamos permite a livre expressão ideológica.
Permite que cada um faça suas escolhas de acordo com sua consciência e conveniência.
Vivemos tantos anos sob Ditadura que nos esquecemos como era antes. Desde 64 já se vão 49 anos.
Havia a diversidade ideológica. Chegava-se a contendas nas ruas entre ideologias opostas.
Nós jovens identificávamos a ideologia do sujeito no banco da frente pelo jornal que ele trazia nas mãos: "Ùltima Hora" ou "O Globo".
Saúdo a memória de lutadores históricos pelas causas populares como Jorge Goulart, Nora Ney, Jackson do Pandeiro, Mário Lago, Jararaca, Modesto de Souza, Francisco Millani, o Palhaço Fred, Tayguara, Raphael de Carvalho, Lélia Abramo, Vanda Lacerda e tantos outros.
Mas nunca foram unanimidade. Havia também os artistas que se opunham às conquistas populares. Seriam mais tarde os dedo-duros da categoria, como o famoso apresentador da Rádio Nacional que entregou todos os colegas de esquerda à sanha da Ditadura.
Havia os colegas de antanho que trabalhavam por romantismo; por amor à arte morriam tuberculosos; moravam em cortiços na rua da Carioca e adjacências da Praça Tiradentes.
Ser artista era ser "gauche" na vida.
No mundo neoliberal de hoje, para alguns ser artista é ter a mesma visão de carreira que a de um executivo de Multinacional.
Vale tudo pela carreira, pelo dinheiro, pelo poder e pela fama.
Vale ficar calado; vale não se comprometer nem com política, nem com religião, nem mesmo com time de futebol, sequer se pronunciar sobre recheio de pastel.
Vale calar-se diante das injustiças cometidas, e vale sobretudo louvar o dinheiro, numa idolatria que leva a carne aos ceús e a alma aos infernos.
Assim como muitos são os chamados e poucos os escolhidos, não se enganem: ser de esquerda, tomar o lado dos excluídos, dos sem-nome, é profissão de fé.
Fé pertence aos loucos. Àqueles que creem no que não se vê, e em fatos que ainda não aconteceram.
Loucos os artistas que acreditam que pode ser o Homem um parceiro para o Homem, num mundo de igualdade, fraternidade e liberdade, onde não haja fome, injustiças, exploração,miséria...
Loucos sim...Mas Deus criou os loucos para envergonhar os sábios.
E só os loucos sabem as tribulações que passam, e entretanto prosseguem porque de que adianta a um artista ganhar bens e perder o Bem?
Encerro dirigindo-me aos colegas satisfeitos com a "lucidez e a razão" e com o Sistema que lhes dá a migalha de cada dia, relembrando Bivar quando perguntou: "Por que seria a loucura mais sã que a falta dela?"
Há colegas em campos opostos. A esquerda jamais foi unanimidade entre a categoria... e esta reflete a Sociedade como um todo.
Respeitando e compreendendo a diversidade ideológica conquistada por todos nós com a Democracia, saúdo os loucos com os quais caminho lado a lado nesta jornada e abro meus braços para o abraço.
Um abraço onde neste ano de 2013 comemoro com muito orgulho 50 anos de luta numa loucura que me mantém vivo: a fé por um Mundo liberto da exploração do homem pelo homem.
23 fevereiro 2013
II - ARTISTAS MARCHAM PARA A DIREITA?
Marília perseguida por ser "comunista"
Durante a Ditadura a repressão era tamanha que bastava falar em democracia ou liberdade para serem todos empurrados para o campo da esquerda, como se todos que usassem estas palavras fossem comunistas, socialistas, anarquistas, militantes marxistas ou similares.
A Ditadura na sua estupidez ideológica nos igualava. Nos irmanava. Artistas ou não. Todos juntos com um só epíteto: Comunistas ! Subversivos!
Cito como exemplo dos tempos da Ditadura a colega Marília Pera, que nunca foi política. Uma grande colega, mas completamente alheia à questão política. Mas a ditadura a tansformou quase em mártir ao invadir o espétáculo "Roda Viva" do Teatro Oficina -SP em que ela trabalhava.
Grande Marília, apolítica, não militante, perseguida pelo Comando de Caça aos Comunistas. Seria uma piada se não fosse o triste momento.
E assim, nesta unidade, caminhamos na bela campanha "Diretas Já", e nas primeiras eleições para Presidente.
Ali, na eleição de Collor, começamos a perceber a diversidade.
Lembro-me que gravando na Globo, fiquei chocado ao ver que o sábio e veterano ator Sebastião Vasconcellos votava com Collor. Era o único até então.
Collor eleito mais surpreso ainda fiquei ao ver diversos colegas apoiando-o e frequentando o Palácio, subindo a rampa com elle.
Depois veio artista namoradinha com aquela coisa de "Tenho medo" na campanha anti-Lula, que foi muito bem rebatida por Paloma Duarte.
A diversidade entre nós, artistas, aumentava conforme fortalecia-se a Democracia e suas instituições.
Amanhã vamos à terceira parte destes posts. Já focalizando os dias de hoje.
22 fevereiro 2013
I - ARTISTAS MARCHAM PARA A DIREITA?
Vereza foi meu assistente político do PCB - Rio,
na década de 60, ao lado de Paulo Pontes, Francisco Milani , Vianninha e João das Neves.
Eram parte da base de cultura do PCB - RJ
Para meu desgosto tenho observado humoristas e atores declaradamente de direita, até com ideologia fascista, burguesa, imperialista e apoiando as forças mais retrógradas do País e do Mundo.
Acostumado à luta política sempre pelo viés progressista,popular e socialista, causa-me estranheza tais posições.
Considero isto um desvio muito grande da nossa função humanista. Como o assunto é longo usarei de vários posts para falar sobre isto.
Este é o primeiro. Começa na Bahia na década de 1970:
A Escola de Teatro da Bahia fica numa avenida muito movimentada, Araújo Pinho, no bairro do Canela.
Em dado momento , por volta de 1978 os alunos resolveram denunciar a presença de um dedo-duro entre eles e colocaram uma faixa na escola, bem visível a todos os passante denunciando o fato.
A unidade e a firmeza dos artistas na luta contra a Ditadura era coisa de que todos nós da Categoria nos orgulhávamos.
Aquela faixa-denúncia, embora justa, daria a sensação de que nem todos éramos contra o regime militar. Quebrava a nossa unidade na luta.
Como dirigente cultural do Partidão fui até a Escola e pedi aos alunos que retirassem a faixa. O que foi feito.
A cidade não precisava saber que entre nós havia um rola-bosta. Da nossa merda cuidaríamos nós, entre nós mesmos.
A participação dos artistas continuou maciça até a conquista definitiva das liberdades democráticas na década de 80.
Aí começou uma mudança do quadro. Mas o assunto continua amanhã.
21 fevereiro 2013
Cuidado Com o Vento Nordeste
Feira de Santana, depois de yoani virou a "little Havana", portal do Nordeste.
Sopram mais uma vez os ventos do Nordeste sobre a política brasileira.
Quando o vento Nordeste soprar jogue sua rede, a sua, não a de Marina Sara Silva Palin.
A rede não escolhe o que virá à tona.
Mas em se tratando de Nordeste é sempre necessário descartar os tubarões e os baiacus de papo-amarelo, resguardar os vermelhos, os dourados.
O Nordeste já nos deu Miguel Arraes,Gregório Bezerra, Francisco Julião, Luiza Erundina, Seixas Dória, Lula...
A mesma rede (Epa!Olha a REDE aí!) traz Sarney, Renan, Severino Cavalcanti, ACM, Roberto Freire, Agripino Maia, Colbertzinho,Jutahizinho, e ACMzinho...
Portanto companheiros, quando jogarem a rede (Epa!) muito cuidado com o Vento Nordeste.
Nem tudo que cai na rede (Epa!) é peixe!
Sopram mais uma vez os ventos do Nordeste sobre a política brasileira.
Quando o vento Nordeste soprar jogue sua rede, a sua, não a de Marina Sara Silva Palin.
A rede não escolhe o que virá à tona.
Mas em se tratando de Nordeste é sempre necessário descartar os tubarões e os baiacus de papo-amarelo, resguardar os vermelhos, os dourados.
O Nordeste já nos deu Miguel Arraes,Gregório Bezerra, Francisco Julião, Luiza Erundina, Seixas Dória, Lula...
A mesma rede (Epa!Olha a REDE aí!) traz Sarney, Renan, Severino Cavalcanti, ACM, Roberto Freire, Agripino Maia, Colbertzinho,Jutahizinho, e ACMzinho...
Portanto companheiros, quando jogarem a rede (Epa!) muito cuidado com o Vento Nordeste.
Nem tudo que cai na rede (Epa!) é peixe!
20 fevereiro 2013
"Falha" Entra Para a História do Brasil
O Tempo é nosso aliado.
Condena-se sem provas num julgamento marcado pela carnavalização midiática. Luz de holofotes e superexposição de ministros que a meu ver deveriam ser mais discretos, e menos àvidos pela fama.
O julgamento do mensalão tucano anda a passos de tartuaruga.
A Justiça suspende e censura o blog "Falha de SP".
O Ministro Luis Fux num ato inábil trancou a pauta do Congresso.
Biografias são proibidas.
Ministros e desembargadores liberam habeas corpus a criminosos comuns que acabam fugindo do País como um banqueiro fraudador,um médico estuprador etc..
E por aí vai a banda...
Hoje impôs-se a censura ao "Blog Falha de SP" enquanto essa escrófula do imperialismo circula pelo País de braços dados com o "Cavaleiro da Triste Figura": o Senhor Mogadon de Oliveira.
A penalidade imposta ao "Falha" passa à História do país. Creio que históricamente tem mais mérito que se o "Falha"continuasse a existir.
O "Falha" deixa de ser um blog irreverente para se tornar símbolo da perseguição da grande mídia brasileira à liberdade de expressão.
Repudio a Censura, mas consola-me o fato de que o "Falha" a partir de hoje transcende o espaço da WEB para tornar-se referência na luta por democracia e liberdade.
Esta Censura imposta permitirá que gerações futuras saibam sempre como a Mídia Golpista age , esta mesma que tenta derrubar Cristina e Chávez, e que derrubou Jango no Brasil e nos impõs 21 anos de Ditadura.
A luta heróica dos companheiros do "Falha" insere-se agora na história das lutas do povo brasileiro contra a repressão.
Ninguém se lembrará do nome do Juiz que impôs a Censura, mas com certeza o nome do "Falha" será sempre referência libertária e de resistência à manipulação da informação.
A verdade é filha do tempo e não da autoridade.
18 fevereiro 2013
O Que é a Paciência, Senão a Ciência da Paz?
Um querido amigo passa por sérios problemas financeiros.
Homem até então temente a Deus - para usar um linguajar dele mesmo - neste momento tormentoso fecha os punhos e tenta esmurrar os céus.
Grita impropérios contra um Deus que ele julgava que era só seu, e que a si dispensaria sempre todas as honras e atenções.
Age por impulso emocional, grita e esperneia como um bebê esfomeado em busca do seio da fartura.
Em vão.
Seus punhos erguidos contra os céus não alcançam sequer as nuvens que passam...
Seus gritos desesperados sequer são capazes de dar ordem à manhã que nasce.
Sua energia dispendida sequer mostra à aurora o seu lugar.
Quem somos nós diante desta grandeza do Multiverso?
Olhando para sua ira percebo muito claramente que o mundo não existe para nossa glória e serviço.
O caos do Universo sequer se importa com a nossa soberba, e tudo que ela nos traz é mais humilhação pelo nada que somos.
Despoja-te pois companheiro, de todo orgulho, de toda presunção, e tome para si a humildade diante do mistério da existência.
Acalma-te amigo querido.
Aguarde com perseverança.
Todo sofrimento nos ensina Paciência.
Então aproveite o momento e aprenda a Paz, como ciência.
Nenhum Deus te livrará do Inferno se, impaciente, te jogas nele.
Lembra-te que os antigos - sábios - sempre disseram: depois da tempestade vem a bonança.
17 fevereiro 2013
Retrospectiva 06 - Bemvindo Sequeira
Hoje continuo mais uma rodada na retrospectiva da minha carreira artística. Relembro os anos de 1993 a 1995.
1993 - Show de Humor - "Pelo Humor de Deus"
1993 - "As Primícias " de Dias Gomes - Teatro João Caetano - Rio
1994 - Teatro - "Lá" de Sérgio Jockman - Direção de Paulo goulart - Teatro Casa Grande - Rio
1995 - Novela "Tocaia Grande" de Jorge amadao - rede Manchete - Perosnagem : Lupiscínio
1995 - Teatro da galeria - Rio - "A Louca de Bonsucesso" - de Gugu Olimecha
"Teatro :"Ouro das Facas " - Teatro Glaucio Gill - de Maria Helena Khuner
1993 - Show de Humor - "Pelo Humor de Deus"
1993 - "As Primícias " de Dias Gomes - Teatro João Caetano - Rio
1994 - Teatro - "Lá" de Sérgio Jockman - Direção de Paulo goulart - Teatro Casa Grande - Rio
1995 - Novela "Tocaia Grande" de Jorge amadao - rede Manchete - Perosnagem : Lupiscínio
1995 - Teatro da galeria - Rio - "A Louca de Bonsucesso" - de Gugu Olimecha
"Teatro :"Ouro das Facas " - Teatro Glaucio Gill - de Maria Helena Khuner
12 fevereiro 2013
Carnaval: da Revolução Federalista à renúncia do Papa
Este verso de Chico Buarque inspirou-me o post de hoje. Estamos em plena segunda-feira gorda de Carnaval.
Que chama-se "gorda" pois é a última que antecede os jejuns da Quaresma cristã. A última em que a carne vale, por assim dizer. Come-se e bebe-se muito, porque depois virá a mortificação da carne.
Mas o assunto está se desviando. O verso de Chico me inspirou por que me lembrei de tantos eventos que aconteceram no decorrer dos anos durante o período carnavalesco que hoje vivemos, entre 9 e 13 de fevereiro.
Enquanto brincava-se o Carnaval:
1 - Primeiro combate da Revolução Federalista em Salsinho, RS - 1893
2 - Revoltosos da Marinha tentam tomar Niterói - 1894
3 - Morte do Barão do Rio Branco - 1912 - 300.0000 pessoas no enterro. Se compararmos a população carioca seria hoje equivalente a 4.000.000 de pessoas no enterro.
4 - Morte de Oswaldo Cruz, aos 45 anos em 1917
5 - Primeiro vooo comercial, de Paris a Londres - 1919
6 - Semana de Arte Moderna - SP - 1922
7 - Acordo com Mussolini garante a criação do Estado do Vaticano - 1929
8 - Nascimento de Cauby Peixoto - 1935
9 - Nascimento de martinho da Vila - 1938
10 - Nascimento de Dominguinhos, sanfoneiro - 1941
11 - Revolta de Jacareacanga - 1956
12 - Morte do compositor Ary barroso (Aquarela do Brasil) - 1964
13 - Fundação e registro definitivo do Partido dos Trabalhadores - PT - 1980/1982
14 - Morte do sambista Blecaute - 1983
15 - Morte de Catulo de paula , compositor em 1984
16 - Morte de Vicente Matheus - presidente do Corinthians - 1997
17 - Segunda feira gorda de Carnaval - 11/02/2013 : Renúncia do Papa Bento XVI.
11 fevereiro 2013
A Democracia no Carnaval de Rua do Rio
Em boa hora um Decreto da Prefeitura do Rio procura regular e defender o direito democrático da população brincar seu carnaval em blocos de ruas como sempre foi tradição carioca.
Fui fundador do Bloco Mel , em Salvador, em 1983. Numa época em que tranformação do carnaval de rua baiano engatinhava.
De lá pra cá o comércio do carnaval da Bahia e suas micaretas, tomou proporções gigantescas.
Transformando espaços públicos em privados, e vips; estabelecendo currais, cordinhas etc. etc. que tem por objetivo excluir quem não pagar preços cada vez mais inacessíveis por abadás e camisetas.
A comercialização é tamanha na Bahia que até os outrora combativos presidentes de Grêmios estudantis hoje em boa parte são cooptados por dirigente de blocos para vender abadás aos colegas de escola.
Há teses de mestrado sobre isto que me chegaram ás mãos.
Alguns Grêmios passam a ser uma extensão deste comércio.
Ser Presidente de Grêmio pode ter virado um negócio lucrativo, onde antes era cultural e ideológico.
A estrutura dos blocos baianos possui a mesma estrutura do antigo Partido facista italiano: um líder que delega poder a "capitães", que delegam a "sargentos! , e estes sim comandam a "tropa".
Uma estrutura verticalizada de dominação e poder. O Presidente do Bloco ( ou Presidenta ) , a Diretoria (capitães) e os vendedores (sargentos).
Isto não pode acontecer na tradição carioca.
Mas, por outro lado há que se pensar na sobrevivência dos blocos cariocas.
Verbas, financiamentos públicos e privados, apoio logístico etc. etc. tem que ser pensados para esse carnaval de rua que voltou com toda a força nos últimos anos ma Cidade que é Maravilhosa.
Por exemplo: na esteira que leva à comercialização há o Corpo de Bombeiros exigindo dos blocos ambulâncias, médicos, paramédicos,enfermeiros, balões de oxigênio etc. etc..
Mas, se a rua é espaço público, da polis, e os blocos não são comerciais, competiria à Prefeitura cumprir a exigência da presença nas ruas de ambulâncias, médicos... enfim toda esta parafernália que com muita justiça o Corpo de Bombeiros pede.
Mais e sempre mais banheiros públicos; mais e mais segurança pública para evitar assaltos e dar proteção aos foliões nas vias...e por aí vai.
Se é justo o Decreto da Prefeitura garantindo a democratização do carnaval de rua, proibindo cordinhas e áreas vips, por outro lado passa a ser obrigação do Poder Público se organizar para atender às demandas dos cidadãos que estão nas ruas brincando sob a proteção das autoridades.
A Bahia teve suas razões e condições que levaram á comercialização do carnaval de rua ao nível que chegou.
O Rio tem condições diferentes e pode ter caminhos diferentes da Bahia, garantindo a democracia e o acesso fácil à diversão a toda a população, sem discriminação e exclusão. Mas para isto a Prefeitura tem que repensar e se preparar para essa nova e brilhante fase do carnaval carioca.
10 fevereiro 2013
NASCEU DORIVALDO, MINHA PERSONAGEM EM DONA XEPA
Publicado em 9 fevereiro 2013 às 06:09
Estão Nascendo as Personagens em “Dona Xepa”
Ontem nasceram o Dorivaldo e o Benito.
Quem são estes dois?
Dorivaldo é a minha personagem em "Dona Xepa". A nova novela da Record, iniciando as gravações.
A personagem é qualificada como: simpático, educado, doce, romântico. Solteirão, boa praça estilo malandro de antigamente. Compositor e toca no cavaquinho composições, transformando a sua realidade em músicas.
Benito é a personagem do Emílio Dantas na mesma novela.
Personagem qualificada como: rapaz trabalhador, bondoso e esforçado.Sobrinho de Dorivaldo. Ajuda no "Chorivaldo" bar do tio, e mora com ele.
Pois então, ontem gravamos nossas primeiras cenas para a novela.
E afinal nasceram estas personagens que até então estavam apenas no papel.
Foi uma tarde muito abençoada de gravações. Um clima muito agradável entre toda a equipe.
Ao final, Emílio e eu, posamos para a posteridade. rsrsrsrsrsrs
Xepa vem aí, e bombando!
08 fevereiro 2013
EPA! EPA! VEM AÍ DONA XEPA !!!
Ontem o meu primeiro dia de gravação como o "Dorivaldo" de "Dona Xepa", a nova novela da Record que iniciou esta semana as gravações.
A personagem é um boêmio, tipo malandro das antigas, romântico, generoso, etermo apaixonado por Xepa, dono do bar "Chorivaldo" especializado em MPB, mais específicamente em "chorinhos" que Dorivaldo compõe e toca com seu cavaquinho.
A base do figurino da personagem relembra o grande Bezerra da Silva.
Pois anteontem à tarde, mergulhado a decorar as falas para a gravação, o meu amigo e colega Giusepe Oristânio me telefonou para saber como eu estava.
Ressalte-se que Giusepe também estará em "Xepa" fazendo um deputado.
Perguntou-me se estava nervoso.
-"Está dando nervosinho?" Indagou entre ironia e carinho.
- "Tá dando nervosão, amigo!" respondi do outro lado.
Mesmo com todos estes anos de profissão a gente sempre fica ansioso, apreensivo para o início de qualquer trabalho.
Há um cavalo de corrida dentro da gente esperando a largada. Impaciente... a energia sem margens, difusa, tentando a todo custo colocar-se dentro dos limites da raia por onde vamos iniciar a corrida.
Não é uma corrida contra competidores externos: é contra nós mesmos, na superação dos nossos limites.
O desejo de acertar o tom da personagem. De harmonizar o ritmo e a melodia das falas da personagem...
De dar vida a uma criatura que ainda está sendo gestada apenas na nossa cabeça, pois afinal, a criação da personagem se completa com o trabalho do ator.
Começa pelo autor, passa pelo figurino, cenografia, iluminador, visagista (maquiagem, cabelo, caracterização), direção...mas o sopro de vida é dado pelo criatividade do ator.
Então não há como não ficar nervoso...é uma grande energia formada por toda uma equipe...dezenas de outros atores...técnicos...produtores...
Quando estiverem lendo estas linhas já terei gravado dentro do "Estúdio E" do Recnov , no Rio de Janeiro, dando vida ao Dorivaldo.
Que Deus me abençoe e a nós não desampare!
07 fevereiro 2013
PRA QUEM CHAMA URUBU DE MEU LOURO
Anteontem postei sobre a alienação. Em vários sentidos, sobretudo como sinônimo de perda.
Hoje retomo o assunto, mas tratado num outro ângulo.
Tenho, confesso, certo fascinio pela semântica.
Sobretudo quando vejo alguém "chamando Urubú de Meu Louro", e Concessão de Conceição. rsrsrs
De toda forma é preciso retificar que urubú não é papagaio e Conceição não é Concessão.
Conceição vem do Latim :Conceptionis = Concepção = Criação.
Concessão vem também do Latim: Concessionis = Concessão = ceder a outrem.
A tal "Conceição", que o Cauby canta tão bem, por fazer imensa Concessão na vida perdeu sua Concepção e "se subiu ninguém sabe ninguém viu......e hoje daria um milhão para ser outra vez Conceição."
Pequenas concessões fazemos todos os dias e todas as horas, fazem parte da vida social. Estas são de pequenas perdas para pequenos ganhos.
Falo das grandes concessões que sempre no afã de agradar, de sermos reconhecidos, de sermos autorizados, fazemos, e pagamos por elas preço muito maior que seu custo.
Um caso típico de grande Concessão, se me permitem entrar neste ramo, é a Política.
Tamanha Concessão aos demais partidos o PT teve que fazer para obter a governabilidade, o reconhecimento, a autoridade, que no dizer de críticos teria perdido a sua Conceição. Ou não...
Mas deixemos a questão de Governo para os profissionais do ramo.
Voltemos a esta criatura que me lê neste momento: pense em alguma grande concessão que tenha feito ou esteja fazendo na vida, a ponto de trair seus desejos, a ponto de sentir-se com a personalidade violentada...e veja se estará valendo a pena tamanha Concessão.
Com certeza não valeu e não estará valendo a pena ser mais uma vez jogado diante da suprema alienação, da suprema perda, porque mais cedo ou mais tarde cobraremos de nós mesmos termos con/cedido tanto, a ponto de termos nos perdido da nossa própria Criatura, da nossa Criação.
06 fevereiro 2013
AS SUTILEZAS DA MALDADE
Outro dia assisti um filme sobre a Segunda Guerra Mundial.
Revi a figura abjeta de Hitler e o genocídio cometido contra o povo judeu, contra os homossexuais, os ciganos e tantos outros.
Tocado pela emoção fico impressionado pelo tamanho das atrocidades que o ser humano pode cometer. Imediatamente lembro-me do genocídio no Camboja, do Khmer Vermelho, contra o seu próprio povo.
Das vítimas de Stalin...das bombas atõmicas sobe civis japoneses... dos mísseis sobre crianças palestinas...das torturas e assassinatos no Brasil, Argentina, Chile...do World Trade Center...e fico pensando sobre o Mal, sobre a maldade.
Mas esta é a maldade clara, o Mal em seu estado mais vulgar e grosseiro.
Porém e a maldade sutil, a "pequena" maldade diária, aquela que se esgueira por baixo das portas que nos defendem?
Aquela maldade sutil que penetra pelos nossos ouvidos que tornando-os como brechas em nossas defesas?
Quantos de nós identificamos de imediato esta maldade que vem disfarçada em palavras que farão efeito mais profundo que o napalm despejado sobre as crianças do Vietnam?
Essa maldade fere e mata o homem bom e pacífico que reside em cada um de nós.
Essa maldade entranha-se no espírito de cada um de nós e gera intrigas, brigas, invejas, explosões de ira, dissensões, facções, e podem levar aos mais baixos intintos do animal homem que se diz sapiens.
Você consegue identificar de pronto a língua venenosa que desfere contra ti e teus próximos o doce veneno que inebria e mata?
A maldade tem várias faces e muitas formas de ação.
Para fechar, ontem revi "Othelo" de Shakespeare, um clásico do cinema com Orson Welles. Revi a língua ferina de Iago que leva à perdição.
A maldade em "Django" é óbvia; em "Othelo" é sutil, insidiosa como a maldade diária da qual muitas vezes somos vítimas, sem armadura de defesa.
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