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BOLSONARO, O LADRÃO DE VACINA
https://www.youtube.com/watch?v=JqtqeqyJTGM
Dentro da literatura,
o francês Maurice Leblanc criou, há mais de um século, um personagem fantástico
chamado Arsène Lupin, o ladrão de casaca, um ladrão cavalheiro, gentil e
elegante. Esta narrativa nos empolgava, porque o personagem roubava dos ricos com
extrema elegância e, de alguma forma, nos fazia sentir vingados contra a Casa
Grande. Por isso, saboreamos até hoje a obra de Maurice Leblanc.
Durante este
século, o Brasil criou o ladrão de vacina. Diferente de Lupin, este ladrão não
rouba dos ricos e não é elegante, é estúpido, grosseiro, ignorante e rouba a
vida dos pobres. Mais de 530 mil brasileiros foram mortos, porque o ladrão de
vacina não podia perder a oportunidade de superfaturar o imunizante contra
covid-19. Roubar em cima da saúde do povo, da morte e do genocídio é algo
abjeto. Este ladrão afirma em todos os lugares que não é corrupto, mas rouba
vacina.
Outra diferença é
que Lupin trabalhava sozinho e era um gentleman, vestindo casaca, cartola e monóculo.
Já este nosso ladrão de vacina é vulgar, usa sandálias fajutas e come pão com
leite condensado.
Pão com leite
condensado é puro gourmet que poucas pessoas sabem apreciar. Crianças gostam
desta iguaria, bem como adultos que ainda não superaram a fase anal e que são
infantilizados. Isso porque este prato tem um sabor de infância, que relembra
ao nosso ladrão aquele período anterior a se tornar corrupto, fascista e genocida.
Pão com leite condensado o lembra, de alguma forma, de quando ele ainda podia brincar
de fantasias e imaginações, antes que a psicopatia tomasse conta de seu ser.
Além disso, ao
contrário do ladrão de casaca, o ladrão de vacina não age sozinho. Há diversos
ladrões de vacina, uma quadrilha completa entranhada no Ministério da Saúde. Este
bando é tão grande que não dá para saber onde está a raiz desses roubos. Vale
ressaltar que negar uma vacina para poder ganhar dinheiro com outro imunizante
é roubo, é crime.
Destaca-se o fato
de que envolvidos nesta quadrilha, culpados ou não, surgem os militares. Com a
CPI da covid, veio à tona o envolvimento de um general, dois coronéis e dois tenentes-coronéis
envolvidos na compra superfaturada de uma vacina, apenas no Ministério da Saúde.
Sob o comando do ladrão de vacina, ao todo, são 10 mil militares mamando nas
tetas do governo.
Apenas no Ministério
da Saúde cinco militares emergiram como objeto da CPI da covid-19. Com certeza,
serão encontrados mais envolvidos implantados em todos os outros Ministérios e
departamentos do governo. Quantos ladrões de vacina existem?
É realmente
vergonhoso para o Exército, que mantém sua gloriosa reputação, ver cinco nomes
de altos oficiais envolvidos no superfaturamento de vacinas. O Exército não precisava
passar por isso.
Entretanto, é
importante que as Forças Armadas passem por isto, pois nenhum dos crimes cometidos
de 1964 até hoje foi apurado, nem mesmo a bomba do Riocentro em 1981. Neste
caso, o inquérito foi encerrado antes de se chegar a alguma conclusão e assim
permanece. Da mesma forma está a investigação sobre Augusto Aras, Procurador-geral
da República. As investigações não progridem, porque a Casa Grande só permite
seu andamento enquanto tiver o controle do poder.
Se o romance de
Leblanc era popular, o romance do ladrão de vacinas é antipopular, elitista e
faz o viés da Casa Grande. De qualquer modo, ladrão de vacina é um título que cola
muito bem, além de genocida, fascista, nazista, estúpido e tudo do que já foi
chamado.
Diante de tudo
isso, não se esqueça: dia 24 de julho vamos às ruas novamente, todos juntos e
com muito mais gente, contra o genocídio.