15 fevereiro 2018

Cristiane Uberlíndia, o Ministério, e o Carrinho de Rolimã





Em novembro do ano passado a sempre jovem e bela Cristiane Uberlíndia pediu a seu papai: de Natal quero um carrinho de rolimã e um ministério.Desde os três anos de idade quando fora abduzida pelos ets cinzentos e teve implantado um chip feito para os habitantes do Planeta Herpes, não adequado para  a Terra.


Desde antão Cristiane desenvolveu uma compulsão por carrinhos de rolimã. A tal ponto que inda adolescente foi encaminhada para reabilitação ao lado de Robério Jucá, quando num átimo de intrepidez se apossaram do carrinho de rolimã do filho do Prefeito de Gotham Rio que utilizava este veículo para ir aos cultos diários . O menino botou a boca no trombone, berrou tanto que teve de volta seu carrinho. Para tratar o trauma do menino seu pai, o Prefeito de Gotham,  prometeu que jamais iria à Sapucaí enquanto o primogênito – eles eram egípcios e por isso usavam chama-lo de primogênito mesmo não sendo- enquanto o primogênito não parasse de gritar Viva Bolsonaro cada vez que via uma foto de Cristiane na Imprensa.


Cristiane esperou com ansiedade o Natal e a figura carinhosa de Papai Noel que traria seu carrinho de rolimã.
O Natal passou e nem carrinho chegou.


- Papai cadê meu carrinho de rolimã e o ministério?


- Filha o Ministério está garantido, disse seu pai enquanto lia com atenção uma edição do Correio da Manhã , datada de 23 de agosto de 1967. Ele lia jornais velhos por saudável hábito, pois descobrira que era uma forma de recusar a existência do tempo. Ele detestava Einstein e cultuava Fernandinho Beira Mar.


- Mas e o carrinho? Porque Papai Noel não trouxe?- Porque aquele velho teve uma pneumonia. 


Papai Noel soube-se depois havia gasto 600,00 numa vacina contra a pneumonia mas nem assim funcionou, aliás nada funcionava na Uberlíndia, País de onde Cristiane achava-se no direito de ter  um Ministério e um carrinho de rolimã, profetizados por  Mãe Diná do Baixo Gávea que finalizou com um célebre pedido: "e não me enche mais o saco menina chata!"


- Mas papai, porque  a vacina não funcionou?


O pai que era muito pragmático, sobretudo no que dizia questão a velhinhos aposentados respondeu levantando os olhos da parte do horóscopo de Miriam Leitão:- Porque o que mata velho são três Ks: queda catarro e caganeira. Mas seu Ministério já está a caminho.


Passou o Natal, passou o réveillon, janeiro passou, acabou o Carnaval e Cristiane  depois de ter sido fotografada rodeada por duendes gigantes desabafou:- Puta que pariu (Ela era muito fina)  Faz três meses que espero essa porra desse Ministério. E de nada adianta ter um Ministério pois meu sonho de consumo é chegar na posse pilotando meu carrinho de rolimã.


Seu pai chorou, seu choro saiu em todos os jornais, mais pelo carrinho que pelo Ministerio. Apelou para o Vampiro Chef que governava a Uberlíndia:- Preciso com urgência de um carrinho de rolimã.Respondeu o Coisa Ruim:-  Impossível, o último que havia em Uberlíndia eu confisquei para uso do meu filho, o vampirinho incógnito.


E assim segue o baile, três meses e nada de carrinho, nem de Ministério.Cristiane chora todos os dias quando vai comprar amendoim Nakayama Cantina do Colégio, até que um coleguinha perguntou: 

- Porque choras menina bonita.


Vale dizer que Cristiane ouvia nos corredores de sua casa , aplaudida pelos serviçais que ela era mais bonita que Bruna Marquezine. E ela acreditava. Acreditava em duendes numa lancha porque não em serviçais pagos pelo erário?- Porque choras?- Porque há anos espero um carrinho de rolimã.E o coleguinha, arrematou: 

- Serve um mico?


Ao ouvir a palavra Mico o mundo real onde vivia Cristiane desabou e ela como diz o Guru Caboré Ji voltou ao mundo irreal, ilusório, de Uberlíndia e percebeu que estava pagando o maior mico já encontrado na reserva florestal do Pau Furado, que era assim batizada em homenagem ao pinto do Vampiro que fingia governar a Uberlíndia.


Aguardemos para ver como terminará esta saga da bela e jovem Cristiane Uberlíndia. O Ministério? Como diz Crisálida Viegas: 

-  O Ministério que se foda!

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