Percebi uma coisa curiosa a meu respeito e talvez a respeito de muitos de nós.
A incapacidade de curtirmos o ócio. O “far niente” como dizem os italianos. De “bundear” como diz a garotada. Há uma ansiedade que nos leva a ter sempre que estar compromissados com algo; sempre cumprindo uma agenda de obrigações e serviços, até mesmo num dia de folga como hoje. Até o lazer passa a ser agendado, do salão de cabeleireiro ao andar de bicicleta das tantas ‘as tantas horas. Preenchemos até mesmo nossas horas de folga com lazeres agendados e que devem ser cumpridos com a mesma rigidez com que cumprimos as agendas de trabalho durante a semana.
Há uma incapacidade nossa de não fazer nada. De ficar em quietude. A modernidade e seus apelos cibernéticos encurtou distancias e tempo, e assim tornamo-nos escravos da possiblidade de sermos onipotentes e oniscientes e onipresentes, sem sermos deuses, apenas humanos, e a tendência assim é a pilha acabar antes do tempo.
Tenho procurado exercícios de quietude e calma, fugindo de querer resolver por antecipação todos os fatos que anda estão começando a se apresentar no dia a dia. Não é fácil.
Comece você também a praticar isso, vai descobrir que há uma parte sua que deseja muito descansar em silêncio e quietude, em paz e harmonia com o Todo.
Estou praticando. Deus sabe o quanto é difícil e o tb o quanto é prazeroso qdo se consegue um tantinho assim de paz no silêncio, na quietude de agir, na alegria de sentir.
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