Recebo notícias de que para o ano que entra a TV Cultura de SP terá corte de 21% do seu orçamento.
Corre risco de sair do ar "por não ser rentável" o maravilhoso e tradicional programa - que atravessa gerações – “Vila Sésamo”.
Algo relacionado ao fato de que mesmo com toda a política de contenção a grana ficou insuficiente para honrar compromissos. Pediu socorro ao Governo do Estado e obteve.
Louvável, embora o Governo não tenha feito mais que o "dever de casa".
A retórica da Fundação Anchieta de que sairão do ar "programas não rentáveis" reflete o macrocosmo da política cultural no Brasil.
Há uma visão comercial da Cultura, e como já disse , com raras exceções, políticos e governantes não conseguem, ou não querem compreender que o processo cultural não é pra dar lucro, é pra formar uma Nação.
Aliás, será por essa visão monetarista e lucrativa que o Estado cada vez mais terceiriza a produção cultural?
O MINC é das mais ínfimas verbas dos Ministérios. A SEC do RJ, de SP e demais estados trilham o mesmo caminho.
O Estado tem a obrigação direta de prover a Cultura, e não de repassar sua gestão para o privado.
É muito triste a notícia que me chega sobre a TV Cultura.
Também não tenham dúvidas de quem em 2015 mais uma vez a corda do Orçamento Federal vai roer pro lado mais fraco: a Cultura.
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