09 maio 2014
Séculos de Lutas Separam Vandalismo e Greve
A greve é direito do trabalhador. Direito conquistado com muita luta, muito sangue e muitos sacrifícios através dos séculos.
Alguns teóricos chegam a dizer que é a forma mais elevada de luta da classe trabalhadora.
Mas, o mundo moderno traz novas equações a serem resolvidas.
Por exemplo : quando agentes do serviço público entram em greve eles não afetam nenhum patrão. Afetam o Estado - que somos nós -terminando por ser uma greve que com rarissimas exceções tem o apoio da população.
Antes, sobretudo durante a Ditadura, ocupávamos as avenidas e ruas em protesto e choviam sobre nós papeis picados atiraqdos odo alto dos edifícios simbolizando o apoio da população em geral.
Hoje, qualquer grupelho de 20 ou 30 pessoas fecha vias essenciais à população que não está nem informada do porque daquilo, e vê essa obstrução das vias como um atentado a seu direito de ir e vir.
Mas o pior assistimos ontem no Rio de Janeiro: uma movimento de rodoviários. Uma parcela da categoria não aceita o acordo anterior feito pelos sindicatos e resolveu decretar uma greve.
Por causa do horário em que decidiram a população foi pega desavisada e desprevenida. O que de saída tornou essa greve antipática e antipopular.
Mas, como se não bastasse, destruiram, depredaram mais de trezentos ônibus.
Prejuízo para os patrões sim, mas que darão um jeito de se ressarcirem com o Estado, como sempre às nossas custas, sangrando nossos impostos.
Prejuizo para os trabalhadores que nos próximos dias ficarão sem centenas de ônibus para se locomover.
Mas o pior: o vandalismo contra os meios de produção.
Ao quebrarem e depredarem retornam com isso ao período anterior às greves, muito anterior à Revolução Francesa, quando a classe trabalhadora , sem liderança e sem consciência de seu valor reagia cegamente destruindo máquinas e demais bens.
O vandalismo, quer nas greves, quer nas manifestações públicas é um retrocesso na luta organizada do povo e da classe trabalhadora.
Ouço a notícia de que Mato Grosso gastou 603 milhões na construção de uma Arena que depois da Copa será totalmente deficitária. Se tal, realmente é um absurdo. Mas nem por isso devo sair por aí quebrando tudo aos berros de que "não vai ter Copa".
Manifestações sem massa, vandalizadas, sem lideranças respaldadas, sem respaldo e apoio da maioria da população, beira mais à violência dos antigos grupos fascistas que ao livre exercício da democracia.
Existem formas mais inteligentes de luta. Ou desconhecem a História
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