Tirei esses dias para relembrar antigos colegas de profissão. Antigos mestres da arte de representar que já não estão mais entre nós.
Verdadeiros exemplos de profissionalismo, generosidade, camaradagem e talento.
Ontem foi o dia de Elza Gomes. Hoje, Mário Lago.Grande colega. Grande companheiro. Homem de respeito.
Mário, autor também do inesquecível samba "Ai, que saudades da Amélia", aquela que segundo a letra "era a mulher de verdade".
Lembrei-me de Mário ao procurar no Google uma foto de Elza Gomes e encontrei a do Mário aí de cima.
A foto tem 50 anos. É de 1964. De frente e perfil. Sabem por que?
Porque estava preso pelo Golpe Militar.
Dedicou sua vida às lutas populares, à melhoria de vida do povo brasileiro.
Emprestou seu talento e personalidade às nossas maiores reivindicações.
Por conseequência foi um dos primeiros presos pela Ditadura.
Trabalhava na Rádio Nacional. No elenco de radioatores e foi dedurado por um apresentador colega da Rádio.
Mas o César nem precisava apressar-se em dedurar os colegas, sobretudo o Mário.Logo o Mário que era visto e sabido, useiro e vezeiro como comunista notório.
Em 1964 foi a sexta prisão de Mário Lago. Dessa vez ficou dois meses preso e saiu para responder o processo em liberdade.
Fora tantas vezes preso que o anedotário plítico conta que na última prisão deu-se o seguinte diálogo entre Mário e o Capitão que o prendera:
- "O senhor não muda, hein, seu Mário? Virou, mexeu, tá preso".
- "Nem o senhor. Virou, mexeu, tá prendendo.
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