O olhar de Sebastião Salgado
Marx teve a ousadia de dizer, antes de Freud, que " a vergonha é um sentimento revolucionário".
Dsde bem jovem sempre tive vergonha pelos que passam fome, pelos mendigam pelos analfabetos, pelos mniseráveis que sempre vi pelas ruas e sertões do meu País.
Envergonhava-me ver brasileiros comendo ratos no sertão para sobreviver.
Essa vergonha custou-me algumas detençoes e prisões, muitos dissabores, mas tenho dela muito orgulho.
Porque foi esta vergonha que deu-me o sentimento revolucionário que guiou a minha vida.
Ronaldo ao dizer que está envergonhado espero que abra-se um claro (epa!!) na cabeça dele e ele ganhe um sentimento revolucionário.
Não basta ter vergonha. Ter vergonha e agir como um vira latas lambendo a mão que o apedreja isso sim é vergonhoso.
Vergonha é um embaixador tirar os sapatos para entrar nos USA.
Mas esse rapaz toda a vez que precisa tomar uma posição revolucionária, de mudança , de vitória, ele dá ré.
Foi assim no até hoje inexplicável faniquito que nos levou à derrota na Copa de 98.
E a uma semana da Copa lá vai ele de novo dando a ré.
Ele está confundindo vergonha com pedido de desculpas aos patrões da FIFA, e em vez de partir para os braços do povo pobre parte para o apoio das oligarquias que nos exploram há séculos.
Sobretudo a oligarquia mineradora e agrícola de São João del Rey de triste memória escravocata para este mineiro que vos escreve.
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