Epa!!! Vamos dar uma relembrada nesse negócio da Lei Áurea.
O fim da escravatura no Brasil não foi uma coisa assim de repente. Um ato de generosidade único da Princesa Regente Isabel.
O Brasil em 1888 era uma Monarquia Parlamentarista.
Havia um Parlamento com Câmara e Senado que faziam as Leis e o monarca referendava.
Contra a escravidão já havia décadas de lutas, tanto sangrentas, sacrificantes, quanto em lutas politicas de bastidores.
Poetas e escritores, intelectuais e lideranças politcas, negros e brnacos, muita gente empenhava-se há décadas pela Libertação.
O Poeta Castro Alves em 1869 clamava em versos:
"...Se existe um povo que a bandeira empresta
para encobrir tanta infâmia e covardia,
antes te houvessem roto na batalha
que servires a um povo de mortalha ." (Navio Negreiro)
Muitas leis vieram antes da Lei Áurea, a pouco e pouco, e embora seja uma vergonha o Brasil ter sido o último País do Continente Americano a abolir a escravatura, a economia já havia se preparado para abrir mão do trabalho escravo.
Assim, houve uma Batalha das Flores, no Carnaval de Petrópolis em 18 de fevereiro de 1888, tendo à frente a Princesa Regente, comemorando sua adesão à causa abolicionista (tudo já havia sido arranjado nos bastidores, e a Batalha de Flores visava também contrapor-se ao Entrudo que era violento).
Depois do Carnaval a Câmara aprovou a Lei Áurea, e no dia 12 de maio de 1888 o Senado também aprovou e enviou à Pincesa Isabel, que sancionou a Lei.
Porque do jeito que nos contam durante a vida parece que de repente a Princesa que era uma menina muito boazinha teve um ataque de mais bondade ainda e assinou a libertação geral dos escravos.
Que fique claro que foi um processo político longo, demorado, sacrificante. Nada de contos de fadas num reino mágico.
E a julgar pelos recentes atos racistas ainda há muita luta pela frente.
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