Em 1978 quando de uma apresentação teatral em Brasília do espetáculo"Gracias a La Vida" comecei a sofrer terrível perseguição por parte da Polícia Federal, através do Chefe da Censura sr. Carlos Lúcio, perseguição política que se transformou em inquérito e se arrastou pela PF de Salvador por mais dois anos.
Foi um processo muito bem urdido e que usava de tortura psicológica contra mim.
Ameaças de que se "não calasse a boca"em cena nunca mais voltaria a fazer teatro, me matariam, até interrogatórios e testes constantes.
Este processo levou-me a profundo estado de depressão e paranóia e afastou-me dos palcos por dois anos.
Sómente em 1981, com ajuda psicanalítica, e através do humor, consegui voltar a atuar em cena.
Percebi que com o humor eu não seria levado a sério e podia dizer o que quisesse.
Vivi do humor pelos próximos doze anos, e então aos poucos retornei ao teatro tradicional e fui para a tv.
Nesta data de hoje, estou em Porto Alegre para fazer meu show de humor no Bourbon Country.
E percebo que da repressão, do limão que me deram, fiz uma limonada.
Transformei a derrota em vitória e ampliei meus recursos profissionais.
Carlos Lúcio já deve ter sido levado diante da Justiça Divina, já que da dos homens escapou até agora. Muitos agentes daquela época também.
Mas importante é a lição que a vida me ensinou: persevere sempre, lute, viva e seja vitorioso.
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