Os fracos
são uma permanente ameaça aos fortes. Assim como o submisso é uma permanente
ameaça ao dominador.
Não lembro
se foi Nietzsche quem disse que não gostaria de ser forte para não ter que viver
sempre sob a ameaça dos fracos. Mas sei que foi Paulo quem disse em carta à
eclésia de Corinto que “Quando sou fraco é porque estou forte”.
Não falo
dos fracos de espírito, dos fracassados, daqueles que foram tragados pela dominação
dos poderosos de forma submissa e fatal.
Falo dos
fracos que não detém o Poder que os tornaria fortes, dos fracos que não são os
donos do capital, dos fracos que são os excluídos e explorados, dos fracos que
não tem dinheiro para enfrentar os poderosos com caríssimos advogados, dos
fracos que não possuem as armas... Mas são estes fracos, aqui nominados, que
são um constante ameaça aos fortes, poderosos, que lhes tiram o sono e a paz.
São estes fracos que dominam as comunidades, as estradas , o entorno, os caminhos por onde passam os fortes.
São estes
fracos que levam os EEUU a gastar bilhões anualmente em repressão aos fracos do
mundo.
São estes
fracos que de forma permanente pressionam os fortes, apenas com a sua presença
num mundo onde pela ótica do dominador deveriam haver apenas os fortes e
poderosos. Os ricos e detentores das riquezas.
A fraca doméstica
é o terror trabalhista da patroa; o fraco porteiro é o terror da segurança do
proprietário; o fraco motoqueiro na porta de uma comunidade pode ser um
traficante armado; o fraco querelante ocupa o tempo valioso do forte questionado; os fracos do mundo
consumirão a água, a comida, os espaços e muitas das riquezas naturais que os poderosos gostariam de ter só para eles
e suas crias.
Por isso
entendo o dizer de Paulo e Nietzsche: Quando sou fraco
é porque estou forte.
Querido Bemvindo Sequeira, a coisa é por aí mesmo e mais forte do que inocência e coração puro, só mesmo o o amor ao próximo.
ResponderExcluir