23 fevereiro 2013

II - ARTISTAS MARCHAM PARA A DIREITA?

Marília perseguida por ser "comunista"


Durante a Ditadura a repressão era tamanha que bastava falar em democracia ou liberdade para serem todos empurrados para o campo da esquerda, como se todos que usassem estas palavras fossem comunistas, socialistas, anarquistas, militantes marxistas ou similares.

A Ditadura na sua estupidez ideológica nos igualava. Nos irmanava. Artistas ou não. Todos juntos com um só epíteto: Comunistas ! Subversivos!

Cito como exemplo dos tempos da Ditadura a colega Marília Pera, que nunca foi política. Uma grande colega, mas completamente alheia à questão política. Mas a ditadura a tansformou quase em mártir ao invadir o espétáculo "Roda Viva" do Teatro Oficina -SP em que ela trabalhava.

Grande Marília, apolítica, não militante, perseguida pelo Comando de Caça aos Comunistas. Seria uma piada se não fosse o triste momento.

E assim, nesta unidade,  caminhamos na bela campanha "Diretas Já", e nas primeiras eleições para Presidente.
Ali, na eleição de Collor, começamos a perceber a diversidade.

Lembro-me que gravando na Globo, fiquei chocado ao ver que o sábio e veterano  ator Sebastião Vasconcellos votava com Collor. Era o único até então.

Collor eleito mais surpreso ainda fiquei  ao ver diversos colegas apoiando-o e frequentando o Palácio, subindo a rampa com elle.

Depois veio artista namoradinha com  aquela coisa  de "Tenho medo" na campanha anti-Lula, que foi  muito bem rebatida por Paloma Duarte.

A diversidade entre nós, artistas, aumentava conforme fortalecia-se a Democracia e suas instituições.

Amanhã vamos à terceira parte destes posts. Já focalizando os dias de hoje.

Um comentário:

  1. Bemvindo. Acompanho muito os seus posts. Não entendi essa da resposta da Paloma Duarte. Houve isso? Como foi?
    Você não vem para São Paulo em cartaz?
    Grande abraço.

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