À tarde, com tempo sobrando , sento diante da TV e assisto ao filme “A PAPISA JOANA”. Viajei
nas teorias esotéricas.
Para a historiografia
da Igreja Católica é melhor que seja uma lenda a história de uma mulher, Joana,
ter sido eleita Papa no século IX.
Já é negado o apostolado a Madalena, transformada em prostituta com o correr dos Concílios.
Portanto, admitir a veracidade da lenda da papisa , mais que colocar em jogo
todos os ensinamentos do apóstolo Paulo sobre as mulheres, ou expor ao ridículo
a "Santa Madre Igreja", seria um atestado da influência joanita no catolicismo,
de cujo último rebento ainda nos lembramos: o Papa João XXIII.
O joanismo na Igreja Católica teve sua origem a partir de João Batista, do
evangelista João, e de João do Apocalipse.
Seria a maneira mais oriental e gnóstica de compreender as palavras do
Cristo. Ao joanismo contrapôs-se as epístolas do apóstolo Paulo. Este, de origem
e crença judaica e carregado nas cores do levítico e sua rigidez de costumes.
Derrotados nas lutas internas da Igreja, os joanitas,
massacrados, assassinados, dispersos, calados, teriam tentado se organizar em
dois momentos do passado: através da Papisa Joana, e depois com Joana D’Arc.
Sómente séculos mais tarde os joanitas voltariam à cena com
o papado de João XXIII, o Papa do Concilio Vaticano II e da Teologia da
Libertação.
Depois, na luta interna da Igreja tivemos o reinado paulino,
com Paulo VI, e depois nem pau nem pedra : ficou a Igreja dividida entre os
dois João/ Paulo I, que por ser mais joão que paulo, durou apenas um mês no
trono.Seguido de João Paulo II que
equilibrando-se completou seu papado. Agora vivemos sob o benedictus, o bendito,
o bento Bento XVI, que por ser bento que
ninguém o toque, e que aproveitem seu interregno para decidir por uma Igreja
paulina ou joanita.
Mas tudo isto é apenas história para ser contada, e quem
sabe, em pouco tempo vira lenda, como a Papisa Joana, já que a outra Joana, a D’Arc não pôde virar lenda.
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