Continuando a série de artigos baseados na analogia entre a milenar cultura da Humanidade e a imediata política tupiniquim, volto hoje a Shakespeare.
Dentre as tragédias de Shakespeare creio que a mais intriguenta, a que denota maior inveja entre as personagens, e maiores crimes sugeridos e perpetrados contra o Poder vigente é "Ricardo III", o Rei que acabna perdido no campo de batalha gritando "meu reino por um cavalo".
Relembrando: Ricardo, Duque de Gloucester, inicia a peça em um monólogo no qual fala do fim da guerra, da paz que então impera na casa real inglesa e de seu descontentamento pelas festividades nas quais não pretende engajar, por se sentir desfavorecido pela sorte – refere-se à sua deformidade física e aos insucessos amorosos. Deixando claros de imediata a inveja e o ódio que a rejeição lhe traz.
Ele fala de sua sede de poder e dos ardis que criou para jogar o irmão George, Duque de Clarence, contra seu outro irmão, o rei Eduardo IV . Jogou irmãos contra irmãos, em nome do seu Poder a qualquer preço.
Daí em diante sucedem-se atos de vila nia sem igual, tudo pelo Poder.
O PSDB tem agido como a corte de Ricardo III. Tem cutucado a onça com vara curta; tem alimentado a idéioa de impeachment da Presidenta legalmente eleita, a lisura das urnas, e a intervenção dos duques militares do Exército, açodados por Bolsonaro e outros telhados.
Na obra Walt Disney há o desenho "O Aprendiz de Feiticeiro"com Mickjey Mouse. No desenho o rato apanha muito para aprender os feitiços. Mas os líderes do PSDB já são um puquinho velhos para confundirem o Brasil com um desenho animado; para serem aprendizes de feiticeiros, ou para tentar substituir a Democracia por práticas e fórmulas mágicas.
O golpismo está sempre presente em Ricardo III. E ultimamente, no Brasil - não na Inglaterra - manifesta-se nas palavras dos opositores derrotados.
Ao alimentarem o desejo do impeachment e do golpe militar - direta ou indiretamente - Goldman,Aloysio, Aecio, Carlos Siqueira e lobões azedos, ou azevedos, podem vir a gter o fim de Ricardo: abandonados no campo de batalha clamando por um cavalo para fugir do próprio monstro que estão ajudando a criar.
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