Quando Chacrinha morreu, em 30 de junho de 1988 morreu com ele um Brasil inteiro.
Prefiro dizer assim que o lugar comum "morreu um pedaço do Brasil". Digo logo: morreu um Brasil inteiro, porque logo depois entramos numa nova era econômica, e por consequência uma nova era cultural, social e de costumes.
A alegria tropical de um irreverente apresentador. A cara nossa de cada dia. Talvez o ultimo rebento da Semana Moderna de 22.
"Vocês querem bacalhau!!!" Gritava para o auditório e jogava mantas de peixe em direção às câmeras, em direção do espectador.
Fez história no entretenimento nacional. Um gênio da comunicação.
Pai da célebre frase, irreverentete como toda a sua performance "Em televisão nada se cria, tudo se copia."
Ninguém conseguiu até hoje substituí-lo. Fruto de uma época.
E Chacrinha fazia tudo isto em plena Ditadura Militar.
Fico imaginando com a liberdade de hoje o que não nos presentearia em criatividade o velho Abelardo Barbosa, o Chacrinha.
Mesmo sem receber um tostão por nenhuma das reprises apresentadas no Canal Viva, seus colegas de profissão e de entretenimento, como eu, ainda conseguem relembrá-lo nas reprises.
Dessa maneira matamos as saudades de um Brasil onde a agressividade - limitada a bacalhaus, aipins, e farinhas jogadas no público - era apenas uma forma saudável de humor.
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